quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sobre os medos e algumas outras besteiras

Outro dia estava conversando com uma amiga sobre o sentido da vida e outras coisas que você tem vontade de conversar para sempre.
Recentemente eu cheguei à conclusão de que o sentido da vida é viajar.
Existe aquela frase do John Lennon em que ele diz que "a vida é o que acontece enquanto estamos planejando outras coisas". Dessa forma, eu posso afirmar que o sentido da vida é viajar por vários fatores, e que se encaixam à minha pessoa, mas provavelmente não vai servir para todos:
1-Enquanto eu estou viajando, tenho sempre o impulso de conhecer lugares, pessoas e culturas, e apesar de realizar mais coisas enquanto viajo, acabo achando mais tempo para ler em uma viagem do que na minha rotina.
2-Quando eu viajo, apesar de pensar na vida, não fico me remoendo com arrependimentos, com planos impossíveis e medo do futuro, eu simplesmente me concentro no que está acontecendo agora. Nesse ponto, minha amiga me disse que com ela não funciona da mesma forma, mas depois pensando, cheguei a conclusão de que o motivo, é que ela não está viajando, ela está morando em outro país que não o seu de origem, então, ela simplesmente criou uma nova rotina, mas não deixa de ser uma rotina.
3-Eu sou uma pessoa melhor quando estou viajando. Sou mais bem-humorado, aventureiro, arrisco mais e realizo mais coisas. Para isso, tenho uma explicação lógica. Quando se está em uma rotina, as coisas tendem a acontecer diariamente da mesma forma, por isso procrastinamos, pensando que amanhã tudo será igual, acabamos deixando para amanhã o que podemos fazer hoje, e é natural, porque as coisas realmente acontecem da mesma forma quando estamos em uma rotina.
Já em uma viagem, cada oportunidade não aproveitada, é uma oportunidade perdida, amanhã iremos a outros lugares, conheceremos pessoas diferentes, nada será como hoje.
Se pensarmos que o passado e o futuro não existem, e que a melhor forma de viver é se concentrar no presente, então a melhor forma de viver é viajando.

Para viajar, é preciso muitas vezes que se faça um voo, e o maior clichê é discutir o medo de voar. Isso é provavelmente comum a todos os seres humanos, ninguém gosta de voar, talvez excetuando os pilotos e comissários de bordo, mesmo eles devem ter um medinho lá no fundo.
Eu tenho um amigo bicha que já perdeu oportunidades por ter pavor de avião(bicha não é uma forma pejorativa de descrever um homossexual, ele é heterossexual, mas fresco, bicha é um adjetivo que independe da posição sexual).
Então quando as pessoas começam a falar sobre medo de voar eu automaticamente penso "mas que papo furado".
Dentro do avião ainda existe uma certa perda de tempo por conta de protocolos. Eu acho que todos os protocolos do mundo deveriam ser extintos. Todos sabem que os bancos servem para flutuar, que não se pode fumar nem ligar aparelhos eletrônicos no momento da decolagem e também na hora de aterrizar. OS celulares devem ser desligados durante todo o voo, e em caso de emergência máscaras de oxigênio caíram na sua frente, você deve colocar primeiro em você e depois em crianças e pessoas com dificuldades.
Isso é um inconsciente coletivo, já faz parte do instinto do ser humano, sabe aquelas voltinhas que um cachorro dá antes de deitar? Isso é um resquício do instinto, de quando eles viviam no meio do mato e tinham que amassar capim para poder deitar. Eu acredito que o homem saberá o que fazer em uma emergência em um voo, ou após o bipe em uma ligação.
O que nos falta é saber que tipo de conversa puxar em um elevador, ou como se portar em relação à uma mulher, e isso não tem comissário de bordo que explique, ou aviso que explicite.


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