domingo, 28 de fevereiro de 2010

Uma carta pra mim mesmo

Vou escrever algumas coisas aqui que provavelmente vão ter muitas referências a filmes, como estou com preguiça e já está tarde, não colocarei nenhum vídeo desses filmes aqui, você vai ter que rememorar, e se nunca tiver assistido um desses filmes terá que se dar ao trabalho de acessar o youtube, e nesse caso devo te aconselhar também a ver mais filmes.

Vou começar aqui com o up in the air que foi o filme que eu comentei que não sei qual mensagem devo seguir. Estou num momento da vida em que a palestra da mochila faz total sentido, mas aí eu me pergunto "quem disse que eu sou um tubarão?".
Tem uma parte no singles em que o personagem do campbell scott larga tudo, é a parte que ele fica encasulado tentando se recompor, acho que talvez eu precise disso e não é o que eu tenho feito, não quero fazer muitos paralelos com o personagem dele e nem com o Orlando Bloom em Elizabethtown porque ambos fracassaram profissionalmente e isso me dá um certo medo nesse momento. Caso é que apesar de não ter tido um fiasco desastroso, também não era o melhor do mundo naquilo que eu fazia, não por incompetência minha, eu fazia o que tinha que ser feito, mas faltava entusiasmo, faltava arrancar a camisa e gritar "eu sou foda" no melhor (ou pior) estilo ronaldinho gaúcho, acredito ter capacidade de chegar nesse ponto algum dia e espero que seja logo, é claro que não sou uma pessoa arrogante e até desprezo isso nos outros, caso é que a autoconfiança não faz mal nenhum, principalmente no trabalho.
E que minha viagem a darjeeling(ou são paulo) seja bem sucedida, que eu finalmente descubra o que há de errado comigo
Talvez eu quem tenha que assistir menos filmes

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

In transit



O que é uma casa?

esses últimos dias estive pensando muito nisso, saí de casa e foi uma choradeira, no caminho pra São Paulo cada vez que lembrava da minha mãe, da minha sobrinha, da família em geral, eu dava mais uma choradinha.
As duas primeiras coisas que fiz ao chegar em São Paulo foram pela ordem:
1-comprar um guarda chuva
2-Ir ao cinema a tarde, sempre foi um sonho poder assistir um filme a tarde, fui assistir "amor sem escalas", adorei o filme, não percebi qual mensagem deveria pegar do filme, mas adorei, na mesma sessão que eu, algumas senhoras já de idade, sabe-se lá porque, talvez por conta do George Clooney.
Caso é que eu odiei SP na primeira semana, tive uma semana de folga de volta em ribeirão, assisti de novo "amor sem escalas" a tarde no cinema, gostei mais ainda, ainda não sei qual mensagem devo pegar do filme, novamente algumas senhoras.
Estava pensando fortemente em não voltar para a metrópole mas acabei voltando.



Mas voltando ao assunto de "casa", cheguei a alguns itens:

1-É um lugar onde você sabe onde está tudo
2-Um lugar onde você se sinta a vontade
3-Um lugar que você volte automaticamente na hora de dormir, seja bêbado de um bar ou perdido em um bairro que você não conhece, você nunca se perde pra ir pra casa
4-Ao abrir a porte de casa, você sempre acerta a chave de primeira, não importa quão volumoso seja seu molho de chaves ou quão escuro está o ambiente, você sempre vai colocar a chave certa de primeira.




Comecei a pensar então que talvez leve um certo tempo pra chamar um lugar de "sua casa"

to be continued...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Hey ho let's go



Eu ia falar aqui sobre o Salinger, ia dizer sobre a superestimação dele pelos americanos, um puta escritor, inegável, mas o que eu não engulo é esse glamour em volta da vida dele, que pra mim é a falta de vida, e comecei a pensar que faz jus ao estilo americano, a world series, não me levem a mal, adoro a cultura americana, mas eles não são o mundo e pra mim a vida do salinger não tem nada de glamour, entendo que a quantidade de idiotas nesse mundo é gigantesca mas temos que enfrentar esse tipo de gente pra conhecer o mundo.

Prefiro então aqui falar dos ramones.

Adoro a música deles assim como de outras bandas, mas o que mais me agrada neles é que eles são a essência do "do it yourself", todo o resto é fraude.
Eles inventaram o jeito de tocar porque não conseguiam tocar outras coisas, eles criaram o nome e as jaquetas de couro porque gostavam dos beatles, não foi forçado, os próprios beatles foram forçados quando se trata de estilo.
Lembro que uma vez encontrei o cachorro grande no aeroporto e eles estavam com chapéuzinho e roupinha, achei uma merda, forçado, nunca encontrei nenhum ramone, na verdade estive a alguns metros do Marky no vegas, mas aí não conta. Se eu encontra-se com o Joey num supermercado ou nadando na piscina de um hotel, tenho certeza que ele iria estar do mesmo jeitão que se apresentava no cbgb e isso seria natural, ele era aquilo.
Não gosto muito do Johnny pelo simples motivo de que ele era um cuzão, mas achei lindo o que ele diz sobre o phill spector no "end of the century", o cara é superestimado, e ele próprio se superestima
Holden Caulfield diria "he's a phoney"