segunda-feira, 31 de maio de 2010

Entrevista com Greg Olear

Greg Olear é escritor estreante pela editora norte-america Harper Collins. Seu livro, "Totally Killer", é um thriller bem humorado que se passa na Nova York de 1991, e contém diversas referências da cultura popular da época.
A história conta as dificuldades que Todd e sua companheira de apartamento, Taylor, encontram para encontrar um bom emprego em uma América em crise. E como Taylor faz para superar essas dificuldades.
Além de escritor, Olear é editor sênior e colaborador do site literário "The Nervous Breakdown".
Enquanto trabalha na divulgação de "Totally Killer", Greg Olear conversou comigo por email sobre seu trabalho, a geração X, o presidente Barack Obama e charutos.


Alexandre Bazzan-Você é atualmente o editor sênior do Nervous Breakdown, quais suas principais funções? Como você conheceu Brad Listi? Para quem ainda não conhece, o que você pode falar sobre esse site?

Greg Olear-Eu cheguei ao Nervous Breakdown por intermédio de Jonathan Evison que foi também quem me apresentou a Brad Listi. Eu escrevi para o site por um ano antes de ser promovido a editor durante o relançamento do site. Não tenho obrigações formais, mas me vejo como um Michael Clayton, se é que isso faz algum sentido. Faço um pouco de tudo

AB-No Nervous breakdown, vocês têm escritores de todo mundo, como eles são selecionados? Como o site funciona basicamente? Ser editor do site é seu emprego principal no momento?

GO-Escritores geralmente nos contatam, na verdade contatam Brad, e é ele quem cuida disso. Temos colaboradores em todo mundo como você mencionou, a maioria porém é de países onde o inglês é a língua oficial. Meu principal emprego no momento é escrever romances, além de ser jornalista freelancer e cuidar das minhas duas crianças pequenas

AB-Eu li que você havia escrito Totally Killer a bastante tempo, por que não publicou o livro antes? Você reescreveu tudo de novo? Ainda tem a cópia original?

GO-Eu escrevi um rascunho de TK que é muito diferente do livro que você leu. O embrião estava lá, mas o resultado final era péssimo. Então sim, ele difere bastante do livro publicado. Devo ter o original guardado em algum lugar, não sou muito bom em organizar arquivos

AB-O que você pode dizer sobre a dificuldade de publicar um livro? Quando você decidiu publicar seu livro, foi muito difícil arrumar uma editora? Quanto tempo demorou do contrato de publicação até os livros na prateleira? Seu livro teve que ser muito modificado para ser publicado?

GO-Tudo leva tempo, essa é a principal lição. Eu tinha escrito um outro romance, e nesse decorrer de tempo arrumei um agente. Aquele livro não vendeu, então escrevi Totally Killer. Este eu consegui vender relativamente rápido. Mas em se tratando de publicação, relativamente rápido pode ser um período de meses. É como tentar vender uma casa. É preciso arrumar um comprador interessado, mas um que tenha cacife para fazer o negócio acontecer, e você precisa de muitas aprovações antes que o negócio seja fechado. A Harpers me fez uma oferta em Junho de 2008. Três meses depois tínhamos um contrato. O rascunho final foi enviado no final de 2008, provas foram aprovadas e mandadas para a gráfica em Abril de 2009, para publicação em Setembro do mesmo ano. E eu precisei deste tempo todo para me preparar para promover o livro.

AB-Você fez muitas leituras depois do livro publicado? Isso foi um fardo, a parte ruim de ser publicado ou você gostou de viajar e tudo que isso envolvia? Qual é o acordo com a editora, eles pagam por propagandas e esse tipo de coisa?

GO-Viagens para promover o livro geralmente são por conta do autor. Eu organizei a minha própria. Eu fiz leituras em lugares onde eu sabia que poderia atrair um público que não fosse embaraçosamente pequeno, e lugares os quais eu pudesse me deslocar facilmente, próximos à minha casa que fica ao norte de Nova York.
Os únicos lugares os quais cheguei a viajar foram Washington e Los Angeles. Foi em LA que eu conheci pessoalmente algumas pessoas do Nervous Breakdown como Brad Listi, Duke Haney, Lenore Zion, Rich Ferguson, etc.

AB-Quais foram suas influências como escritor quando era mais jovem?

GO-Hemingway, Orwell, Nabokov, Vonnegut, Pynchon, Joyce, Paul Theroux, não necessariamente nessa ordem.

AB-Quando você descobriu que poderia se sustentar escrevendo?

GO-Ainda não sei sobre isso, é preciso provar que posso me sustentar só disso.Mas sempre pensei que poderia ter sucesso escrevendo. Tinha uma voz na minha cabeça que me dizia. E eu sempre ouço essas vozes na minha cabeça.

AB-Você gosta de ler livros com referências?

GO-Com alusões e referências pop, sim.

AB-Em Totally Killer, você coloca referências sobre música, política etc. Você acha que isso era essencial para descrever uma era?

GO-É exatamente o que eu queria com isso. Alguns leitores reclamaram sobre o excesso de referências sobre 1991, outros gostaram muito. Eu tentei colocar mais do que referâncias conhecidas, tentei colocar pequenos detalhes sobre a época. Existem coisas obscuras no livro que talvez só quem viveu em Nova York na época poderia lembrar, coisas que não se ouve falar há algum tempo.

AB-Apesar de todas as referências, não acho que pude ler alguma coisa sobre Maquiavel no livro, e na minha opinião é possível reconhecer Maquiavel em todo livro. Seria essa uma referência não explícita?

GO-Pode ter sido na idéia original. Os motivos da agência Quid Pro Quo certamente são Maquiavélicos.

AB-Você tinha sua própria Taylor quando viveu em Nova York?

GO-Bem que eu queria

AB-Seu livro é o primeiro que eu vejo que tem um trailer. Como você teve a idéia?

GO-Um dia tomando banho eu pensei "como um trailer de cinema, só que para o livro!". Depois descobri que já vinham fazendo isso tempos atrás, e fizeram isso por anos.

AB-A capa de Totally Killer é muito pop, você pode reconhecer o livro mesmo sem ler o nome. Era um objetivo fazer uma capa clássica como as capas de discos?

GO-Não tenho nada a ver com a capa, a não ser por ter sido beneficiado pela genialidade de Robin Bilardello. Originalmente o livro não teria o título impresso na capa. Pediram que colocássemos o título para aumentar as vendas online. Eu fui provavelmente o primeiro autor que fez lobby para não ter o nome impresso na capa do próprio livro.

AB-Você tem algum contato para o livro virar filme? Consideraria alguma proposta?

GO-Eu tenho um agente de filmes na CAA, então sim. E eu adoraria ver Totally Killer nos cinemas

AB-Você acha que a morte de Kurt Cobain teve alguma coisa a ver com as pessoas da geração X deixarem de ser slackers*? Você acha que as coisas melhoraram depois disso?

GO-Eu acho que sempre seremos slackers em um certo nível. Eu vi a morte de Cobain como um ponto de mudança. Era como se ele e Eddie Vedder estivessem disputando um concurso pra ver quem estava mais deprimido, o Kurt ganhou. Acho que sua morte com certeza acabou com o movimento grunge. Também acho que talvez sua morte tenha inflado a música do Nirvana

AB-Você acha que as idéias do presidente Obama estão um pouco à frente da maioria dos baby boomers que ainda votam, e que talvez por isso ele tenha alguma rejeição depois dos seus primeiros atos no poder? Você acha que ele será reeleito?

GO-Seu primeiro ano foi bem sucedido, até antes da sua vitória com a questão dos planos de saúde, o que foi uma coisa enorme. Muitas leis importantes foram aprovadas e ele ganhou o prêmio Nobel da paz. A maior força de Obama como líder é a habilidade de enxergar as coisas a longo prazo, mesmo que isso cause alguns estragos a curto prazo. Isso é muito raro em um político.
Eu vejo a economia se recuperando e a lei dos planos de saúde provando ser muito popular, enquanto os Republicanos continuam com sua estratégia reacionária baseada no medo, o que acredito levar a uma vitória fácil do atual presidente em 2012.

AB-Quais são os seus charutos favoritos?

GO-Na noite em que o presidente Obama foi eleito, eu fumei charutos cubanos chamados Romeo y Julieta. Eles eram bons pra caramba.
Dos charutos que estão legalmente disponíveis aqui meu favorito é o Acid's Kuba Kuba.

*Slacker-É um termo que se popularizou especialmente nos anos 90 nos EUA. É usado para descrever pessoas da geração X que eram acomodadas, apáticas, revoltadas sem um motivo aparente, ou que não faziam nada para mudar as coisas que não gostavam.
Existe um filme do diretor Richard Linklater chamado Slacker.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Music when the lights go out

Vou dormir às 4 e meia, ou 5, não me lembro, o previsto era 4 em ponto, o que já equivaleria a 5 horas de sono. Então é óbvio que eu acordei cansado.
A prefeitura de Jundiaí não deveria organizar nem festa de fim de ano da repartição, ainda assim o governo do estado confiou a eles uma virada cultural.
Quando chego ao teatro Polytheama, os ingrssos que seriam distribuídos na parte da manhã já estão esgotados e, existe uma grande fila de pessoas esperando os ingressos da noite, que só seriam distribuídos a partir das 9 e meia.
Penso em voltar pra São Paulo, mas o olhador de carros me diz para voltar a noite, que ele me arrumaria um convite.
Me chame de ingênuo, mas ao invés de voltar pra casa, fiz check in em um hotel, e foi sozinho no meu quarto que assisti à final da champions league.
continua...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A arte de seguir em frente

Ecos - um tiro e perguntas sem respostas [Part. 1] from Ecos on Vimeo.


Hoje a noite na semana de jornalismo da puc passaram um documentário sobre a vida e morte do Toninho do PT, que foi assassinado em 2001.
O filme apesar de ser um trabalho de conclusão de curso é excelente.
Roseana, a viúva de Toninho, também esteve presente e deu seu depoimento sobre o caso, ela tem uma força impressionante na luta pela justiça e vontade de seguir com a vida apesar de tudo.
Faz a gente pensar que estamos conversando fiado sobre nossas besteirinhas cotidianas

Diário de noitícias

Não escrevi errado não, toda noite antes de dormir vou fazer um diário de notícias aqui. Para isso estou inventando alguns quadros, neles pretendo abranger música, política, e esportes, talvez um pouco de economia.
Assim que eu tiver um formato definido posto a primeira edição aqui

terça-feira, 18 de maio de 2010

Michael Jordan ' vulgo Kobe Bryant


Fazer comparações deveria ser uma honra para ambos os comparados, o novo porque é uma honra ser comparado com quem fez história, e o antigo porque se alguém está fazendo comparações com ele, é porque ele realmente fez história.
Caso é que nem sempre é fácil fazer comparações. No vídeo acima o Vince Carter estava no começo de sua carreira, ganhou o campeonato de enterradas e era comparado ao Michael Jordan, pois unia força física e um bom arremesso de quadra.
Hoje Vince Carter provou que de Jordan não tem nada, errou dois lances livres em um momento crucial da partida. Com isso o Orlando Magic dá praticamente adeus à final da NBA.





Um pouco depois, surgiu um menino vindo direto do colegial para a NBA. Seu nome era Kobe Bryant. No começo de sua carreira, ele chegou a ser criticado por cometer 3 erros decisivos em um jogo de playoff. Acontece que para um jogador tão jovem se colocar em uma posição de decidir uma partida tão importante, exige muita personalidade.
Ele foi tricampeão muito jovem, e chegaram a dizer que ele nunca mais ganharia um campeonato sem Shaquille O'neal. O que aconteceu foi o contrário, cada dia mais Kobe melhora seus números, ganhou o campeonato da temporada passada, enquanto a carreira do Shaq degringolou após a saída do Lakers, pode-se dizer até que ele é um ex-pivô em atividade.
Tá certo que Jordan tem 6 títulos, enquanto Kobe tem só 4, mas 4 já é bastante.
ps-e o Lebron também hein?muito pipoquinha
ps2-queria muito uma final de NBA com Kobe e Lebron, pra tirar de uma vez a dúvida de quem é mais jogador(dúvida essa que eu não tenho, mas tem muita gente que tem)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Apartment Story(minha virada cultural)



Planejei bastante, mas acabei passando a maior parte da virada cultural em casa.
Passei o sábado a tarde assistindo Watchmen, e é dos melhores filmes que assisti ultimamente, recomendo. Imagens legais, violento e heroínas com decote.


Acabando o filme, fui assistir ao vivo ao show do National no youtube, lindeza total, tanto o show quanto a tecnologia.
De lá pra cá já assisti um jogo da NBA que usa a mesma tecnologia de live streaming, e essa tecnologia vai ser fundamental para mim esse mês, já que a ESPN não vai transmitir os jogos do Lakers, que é meu time de coração.

Mas voltando a falar de virada cultural, após o National, fui assistir o Rocky Horror Picture Show no CineSesc, também foi bem divertido, foram contratados atores e aconteceu uma integração com a platéia, quem foi se divertiu.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Um povo condicionado a reclamar

A convocação mal tinha acabado e já tínhamos um mar de reclamações no twitter.
Quando Dunga foi nomeado treinador da seleção brasileira, assim como todos, fui contra. Caso é que a seleção atual ganhou tudo o que disputou. Mais do que isso, jogou um futebol convincente, goleando rivais em seus estádios.
Os amistosos, diferentemente da era Parreira em 2006, foram com seleções fortes-Inglaterra, Itália, Portugal- todos também vencidos pelo Brasil.
A lista feita por Dunga mostra muita coerência com o que vem sendo feito, talvez com a exceção de Grafite que teve apenas uma convocação e atuou por míseros 27 minutos.Mais do que isso, o treinador brasileiro mostra uma grande confiança em seu trabalho e em sua equipe, o que ele não prevê no entanto, e essa é minha crítica à escolha feita, são possíveis lesões ou dificuldades em um jogo específico.
É notório que Kaká vem de uma lesão séria, alguns médicos dizem até que seja irreversível, dizem que é uma dor a qual o meia vai ter que conviver até o fim de sua carreira. Sabendo disso, Dunga poderia ter arriscado um pouco e mudado suas convicções.Poderia ter chamado mais um meia de criação no lugar de um dos 7 volantes.
Não concordo com todos os jogadores escolhidos, mas a maioria por preferências pessoais, o grande erro pra mim, foi o banco de reservas, se Dunga tivesse chamado Paulo Henrique Ganso ou Ronaldinho Gaúcho, no lugar de Kléberson ou Ramires, teria sido perfeito.
Agora só nos resta torcer

Convocação 2

Estão criticando muito o Dunga, não tenho o que dizer a não ser no meio. Se o Kaká se machucar não temos um reserva a altura, e isso me preocupa muito.
Quem fala de Adriano só pode estar brincando, o cara fez de tudo pra não ir pra copa, talvez a opção melhor não fosse o Grafite, mas não tem nada de absurdo

NBA

Orlando varreu o Atlanta por 4 a 0, Phoenix despachou inesperadamente o San Antonio por 4 a 0, e ontem o Lakers também fechou a série contra o Utah por 4 a 0.
Falta apenas um finalista de conferência, e a disputa está entre Boston Celtics e Cleaveland Cavaliers na disputa mais equilibrada até agora.
Hoje é o jogo 5 dessa última semi-final de conferência e quinta-feira a ESPN transmite o jogo 6, que dependendo do resultado pode ser o último.
Então como finais de conferência teremos:

Lakers x Suns
Magic x Celtics ou Cavaliers

Na conferência oeste os Lakers são barbada, e arrisco dizer mais, se Gasol continuar jogando o que tem jogado e Kobe Bryant não morrer(porque Kobe é sempre Kobe, não tem como jogar mal), o time de Los Angeles vai novamente levantar a taça.
Na conferência leste não arrisco palpite, porque os 3 times que estão no páreo são um pouco parecidos(tirando o Cavaliers que depende totalmente de Lebron James), qualquer um que chegar à final não vai ser surpresa.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Convocação

Como vai ter convocação amanhã a tarde, segue abaixo a minha lista, é uma combinação do que eu acho que o Dunga vai levar e o que eu acho que ele devia levar:

Goleiros:
-Julio Cesar
-Victor
-Gomes(Talvez leve o Doni, mas aí é brincadeira né)

Zagueiros:
-Lúcio
-Juan
-Luisão
-Miranda(talvez leve o Thiago Silva, acho o Miranda melhor)

Laterais:
-Maicon
-Daniel Alves
-Michel Bastos
-André Santos(é provável que não vá por causa do escãndalo que participou, deve ir Gilberto, que por mim tudo bem, não levando o Roberto Carlos tá ótimo, não que o Roberto seja um mau jogador, é só que já teve sua chance, já entregou em duas copas, vamos dar chance pra gente nova)

Volantes:
-Gilberto Silva
-Felipe Melo
-Josué
-Elano
-Julio Baptista(deve ser aposta certa, mas ele poderia levar Hernanes, Lucas, Ramires, ou até Anderson. Minha opinião? Pra que tanto volante Dunga? Leva mais um meia)

Meias:
-Kaká
-Ganso(é zebra para a convocação, mas é dos que mais merece)
-Ronaldinho Gaúcho(acho que não vai chamar, mas deveria)

Atacantes:
-Luis Fabiano
-Robinho
-Nilmar
-Grafite ou Felipe Tardelli(acredito que deve ir um dos dois no lugar do Adriano)



Sobre o Neymar:

Acho que ele não vai levar, e acho que ele está certo em não levar. É fato que o moleque é craque, faz muitos gols etc, mas acho que ainda não está pronto, precisa amadurecer, parar de ficar se jogando tanto e arrumar confusão.

Depois da convocação eu volto a comentar sobre o assunto

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tava lendo umas coisas antigas e percebi o tanto de merda que já escrevi em blog, assim que sobrar um tempo vou editar tudo, talvez eu mude de endereço de novo, até lá vou dar uma bloqueada nuns blogs antigos