sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vou te dizer como seria o natal ideal

Você faria uma encomenda, algo que você mais gosta ou precisa, algo que você conseguisse pagar, claro.
O correio não te entregaria antes do dia 25.
No dia 24 você acordaria, tomaria uma cerveja, cumprimentaria a família e cada um iria pro seu lado. Quem tiver filho pequeno tem o ônus ou bônus de ter filho pequeno e poderia passar em família, todos os outros teriam que ir pro seu canto.
A pessoa iria para um bar, almoçaria seu prato predileto, a cerveja continuaria vindo, e depois de um certo tempo você pediria pra mudar pro whisky, já que sua barriga já estaria explodindo e nada ainda de ficar bêbado.
Depois de uma certa altura você ficaria inconsciente e acordaria na sua cama, tomaria um plasil e pegaria seu presente no hall de entrada.
Todos os que pronunciassem ou escrevessem a palavra "Natal" e suas variações em outras línguas, bem como papai noel, etc, ou que cantasse canções natalinas seria condenado à morte, sem exceções. Se usasse a palavra feliz precedendo a palavra proibida, a morte seria lenta e dolorosa.


Feliz Natal

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

É tempo de estagnar


O discurso de mudança é sempre muito sedutor, nossas vidas muitas vezes entram em uma rotina insuportável, e quem é que não quer mudança?
Mudança de ares, de ideias, mudanças até banais, de corte de cabelo, roupa ou algum outro produto que preencha um vazio.
Recentemente na campanha eleitoral americana, o presidente eleito, Barack Obama, usou um discurso de mudança, "It's time for change", e posteriormente o slogan que ficaria famoso no mundo inteiro, "yes, we can", referindo-se à capacidade do país de mudar sem se comprometer. Essa mudança, entretanto, era mais que necessária, todos conhecemos a história recente do país com o presidente Bush, que não bastasse ter aos poucos minado a economia nacional, ainda criou guerras e um ódio do mundo aos EUA. É mais do que evidente que nesse caso a mudança era necessária.
Estamos em plena disputa eleitoral no curso de jornalismo para eleger a chapa que sucederá a atual gestão.
Entre elas, uma que propõe o seguimento das lutas já travadas, e algumas mudanças, para o que eles entendem, sejam melhorias necessárias, mas basicamente, o discurso e até alguns integrantes são os mesmos da atual gestão.
Usei o vídeo da ótima propaganda do rugby, para ilustrar que nem sempre a estagnação é ruim, se o que você está fazendo é o melhor, que assim continue.
Nada contra a outra chapa, que tem algumas pessoas até simpáticas, mas para mim, falta estofo, conhecimento sobre o movimento estudantil. Apesar de eles terem algumas posturas até polêmicas, isso se mostra apenas como um discurso de campanha, falta planejamento.
É por isso que declaro aqui meu completo e irrestrito apoio à chapa desassossego, que se siga o mesmo caminho que tem dado certo na atual gestão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O pós-ocupação

Como a maioria das pessoas que militavam disseram, a luta não acabou na ocupação.
Nessa terça-feira aconteceu uma reunião com o Consad, onde foram atendidas algumas reivindicações. O movimento estudantil, conseguiu algumas vitórias, e após uma nova assembleia, foi decidido que não seria feita uma nova ocupação.
Por alguns motivos pessoais, acabei não participando das reuniões desta semana, então minha visão é mais externa do que nunca.
Também fiquei sabendo de algumas informações que no calor da desocupação, enquanto ajudava o pessoal a reorganizar a reitoria, não tive acesso. O fato é que existiam algumas informações sobre uma possível invasão por parte de uma tropa de choque até a segunda-feira que se passou.
O receio de alguns estudantes, é de que com a iminência de uma invasão por parte da polícia, houvesse uma desmoralização do movimento estudantil, e uma possível desarticulação do movimento. Eu não estava na PUC no ano de 2007, mas pelos relatos de colegas, realmente foi o que aconteceu, e demorou bastante tempo para que os estudantes voltassem a se mobilizar.
Eu, particularmente, continuo achando que talvez as vitórias pudessem ser mais significativas caso a ocupação permanecesse por mais tempo, algumas das conjunturas, por exemplo, eram diferentes das de 2007, quando a própria reitora chamou a polícia para desocupar a reitoria.
Todos temos nossas convicções, e a da maioria venceu, e nos dois sentidos da palavra, já que conseguiram que algumas reivindicações fossem atendidas.
Faço aqui então um ctrl+c, ctrl+v descarado do blog da ocupação, para mostrar as vitórias estudantis
É de fundamental importância que os estudantes acompanhem o blog da ocupação e o blog do CA Benvides Paixão(no caso dos futuros jornalistas), para se inteirar de calendários e novidades, além é claro, e principalmente, participar de reuniões e assembleias. Só assim o estudante pode participar ativamente do movimento estudantil, mesmo que ele seja contra algumas lutas. Essa é a melhor maneira de se fazer ouvir.
Por último, gostaria de dizer que todos os processos são muito mais democráticos do que alguns pensam, muitas vezes eu mesmo me frustrei com algumas derrotas(derrotas das minhas convicções por votação da maioria), como foi o caso da desocupação.

segue abaixo as reivindicações estudantis e as respostas dadas pela administração da PUC-SP:

Mensalidades

Hoje – Consad quer aumentar as mensalidades para 12,5% com base no aumento da inflação, no dissídio coletivo dos professores e no índice de inadimplência na PUC (em torno de 3%)

Reivindicação do Movimento: Redução imediata das mensalidades

Proposta do Consa - Reajustar as mensalidades em 9,5%, ou seja, diminuir o reajuste em 3%.

Bolsas de estudos

Hoje – Nenhuma bolsa de estudos integrais da Fundasp foi cedida nesse ano.

Reivindicação do Movimento: Abertura do edital de bolsas, cedidas pela Universidade

Proposta do Consad – Abrir um edital cedendo entre 50 a 100 bolsas integrais da Fundação São Paulo + 50 bolsas de Iniciação Científica.

Inadimplência

Hoje – O estudante em dívida com a PUC só podia parcelar sua dívida em 3 vezes, e às vezes, em 5 vezes.

Reinvindicação do movimento: Flexibilização da negociação das dívidas dos inadimplentes

Proposta do Consad – Estudantes terão a possibilidade de parcelar dívida em 3 vezes, caso não seja possível, o direito a parcelar suas dívidas em 5 vezes está garantido.

Bandejão

Hoje – O preço do bandejão é R$8,90.

Reivindicação do movimentoRedução do preço do restaurante universitário

Proposta do Consad – Diminuir o preço do bandejão para R$ 6 (sendo que a Fundasp arcará com o restante do custo). Formar comissão para estudar proposta de ceder bolsa alimentação aos estudantes que não têm como pagar e estudar contrato com a empresa do bandejão.

Criminalização do movimento estudantil

Antes – Ameaças constantes de que os estudantes poderiam ser punidos.

Reivindicação do movimento – Nenhuma punição aos estudantes mobilizados

Compromisso do Consad – Não haverá punição a nenhum estudante por essa ocupação de reitoria.

Auditoria da dívida da PUC-SP

Hoje – Nenhum acesso aos documentos da dívida da PUC. São feitas 3 auditorias (PIG, Ministério Público, Receita Federal).

Reivindicação do movimento – Auditoria da dívida da PUC feita pela comunidade

Proposta do Consad – Aceitaram que a comunidade organize e faça uma auditoria da dívida da PUC, contanto que se mostre “seriedade”, seja “profissional”.

Centro de Educação Infantil (CEI)

Hoje – As mães e pais (estudantes, professores e funcionários) que têm filhos pequenos não têm nenhum lugar concedido pela universidade para deixarem seus filhos.

Reivindicação do movimento – Criação de um centro de educação infantil, para estudantes e trabalhadoras deixarem seus filhos

Proposta do Consad – Se reunir com Hélio Deliberador (pró-reitor comunitário) e Márcia Alvim (diretora de campus) para discutir proposta de criação de um CEI na PUC. Preparar projeto que contemple isso.

Trabalhos terceirizados e contratos dos professores

Reivindicação do movimento – Fim do contrato maximizado dos professores; Incorporação dos funcionários terceirizados ao quadro de funcionários da Universidade;

Consad - Discutir em próxima reunião a importância da efetivação dos funcionários terceirizados ao quadro de funcionários da PUC e o respeito aos direitos dos professores. Isso também está sendo trabalhado pelas entidades de professores e funcionários.

Desconto nas mensalidades para o curso de Serviço Social

Essa promessa já havia sido feita na reunião do Consad no dia 18/11. Apesar da manutenção do desconto e da matrícula dos inadimplentes, essas respostas ficaram um pouco vagas, mas eles mostraram-se favoráveis depois de muita insistência.

Propostas da Assembléia:

  • Congresso de estudantes da PUC para 2011
  • Organização da Calourada Unificada em todos os cursos e com todos os CA’s
  • Campanha do movimento na matrícula dos novos estudantes
  • Uma sólida Comissão de Estudos para estudar a questão das mensalidades e para a criação de uma metodologia para sua redução

Obs: vale lembrar que todas as propostas estão sujeitas a votação em assembléia para sua consolidação.

Agenda

Hoje às 19h30min - Assembléia estudantil na frente da Reitoria
1/12 às 8h30min - Reunião do Consun – na sala 119A

domingo, 21 de novembro de 2010

21 de novembro, dia de São Paul



Hoje o artista mais bem sucedido da história da música entra em campo para desfilar todas as facetas desse sucesso para um estádio lotado.
Ontem no festival planeta terra um amigo me dizia, "se for ver 20 mil pessoas não é tanta gente assim, qualquer show no morumbi leva mais de 60 mil".
A minha resposta foi simples e rápida, "você tem razão, a diferença é que se você juntar todas as bandas que tocaram hoje aqui, elas não venderam nem metade do que o Bon Jovi por exemplo". Que o Paul então nem se fale.
Ontem o Billy "Ronaldinho" Corgan deixou de tocar disarm e 1979, é como se ele quisesse provar alguma coisa pra alguém. O cara briga com a banda inteira e depois quer provar algo.
Com o Paul foi ao contrário, ele fez de tudo para manter os companheiros na banda, mas não deu, a banda inteira brigou com ele.
Bom, aí ele não quis, foi lá e provou pra todo mundo com o wings, que ele era um cara fudido, foi o Beatle mais bem sucedido comercialmente em carreira solo. Se o John tem toda a mística, o Paul tem a competência, o trabalho duro e a longeividade. Quando Lennon já tava fazendo discos merda e se dedicando mais à família, MacCa tava "correndo com a sua banda".
Claro que por causa disso tudo ele talvez fosse também o Beatle mais chato, isso não se discute.
O disco branco foi o primeiro disco que eu ouvi na vida, o album tem várias pérolas, o Paul inventado o heavy metal nele com helter skelter, mas a minha preferia é uma do Harrison, long, long, long.
Mesmo Harrison que o amigo homenageará hoje tocando something, a música mais sincera que um cara pode dedicar à sua amada.
Apesar do Lennon ter dito que tudo o que ele fez foi yesterday, MacCa não guarda mágoa e também homenageia o antigo companheiro. O único que fica de fora nas homengens é Ringo, pelo simples fato de ainda estar vivo.
Eu acredito que algumas músicas podem ensinar e mudar uma vida, que um show de rock pode trazer uma alegria incomensurável. Alguns dos melhores dias da minha vida foram em shows de rock, e algumas músicas ajudaram a sair de grandes fossas, ou pelo menos a suportar melhor certos momentos.
É claro que todos queremos ouvir as músicas de sua carreira solo, ou da fase com os Wings, mas não espere nada menos que êxtase e lágrimas quando as músicas dos Beatles forem executadas.
Todos temos nossas histórias com a banda. Nos primeiros capítulos de "love is a mix tape" Rob Sheffield conta sobre uma fita que ele gravou com seu pai uma tarde, onde eles fizeram um loop de "na na nas" até a fita acabar.
Quando eu ainda morava em Ribeirão Preto, ia para o almoço com o meu pai sempre ouvindo e conversando sobre música. Frequentemente a música e a conversa esbarrava nos beatles, e foi ele quem primeiro me apresentou a banda, então sempre quando eu ouvir uma música deles vou lembrar do meu pai.
Enquanto eu vou terminando este texto, vou ouvindo algumas músicas do Paul, e umas dos Beatles. A hora que tocou hey jude, o mesmo amigo do começo do post veio me dizer, "o Paul é tão bom que é capaz de ele tocar disarm e 1979". Eu espero que não, ahaha, afinal ele tem um repertório muito maior e melhor para perder tempo com essas músicas que marcaram uma época, mas não tem a universalidade das canções de Paul McCartney.



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Everyboy wants to rule the world (NOT)


Vou tentar dar um tom bem-humorado para esse texto, porque a frustração é tão grande que beira até outros sentimentos menos nobres.
Eu poderia até dar o título para esse post de "grandes analogias infelizes da humanidade", em relação à comparação que eu fiz com a revolução russa. Volto a afirmar que a organização e competência dos estudantes foi ímpar, mas a analogia se mostrou infeliz.
Ao invés disso, dei o nome de uma música do Tears for Fears, se for ver, tears for fears casa bem com o que aconteceu na desocupação da reitoria, e essa foi a primeira música que tocou no rádio do meu carro quando eu estava voltando (muito) decepcionado para casa. Travesseirinho debaixo do braço e muita vontade de largar tudo.
A assembleia marcada para a noite teve início com bastante atraso, mas o pior foi o que aconteceu depois que ela começou. Com a movimentação dos estudantes, muitas pessoas aproveitaram para fazer discursos partidários(coisa que até então não tinha acontecido), o que começou como um "apoio" à ocupação se desdobrou em longas falas.
Depois de mais de duas horas de reunião, foi votado sobre a manutenção ou não da ocupação. Com vitória por 1 voto pró ocupação.
Após mais duas votações, devido ao acirramento de opiniões, a desocupação acabou vencendo por 5 ou 6 votos.
Alguns dos integrantes dos centros acadêmicos votaram a favor da desocupação com uma preocupação super válida. Havia um receio de que invasões policiais se tornem rotina na universidade, já que na última ocupação, a própria reitora Maura Veras pediu a presença dos PMs. A outra justificativa é que durante o fim-de-semana se tornaria mais difícil manter a ocupação, já que muitos estudantes costumam ir para casa. Além do temor de que pudesse haver violência policial.
A minha opinião é que apesar de válidas as justificativas, isso deveria ter sido pensado antes da ocupação, pois seriam coisas iminentes a partir do momento que a decisão foi tomada. Acho a posição no mínimo esquizofrênica, já que muitas das pessoas que votaram pela desocupação na sexta a noite, foram as mesmas a propor a ocupação na quinta-feira de manhã. Não se muda de convicção da noite pro dia.
Decepções a parte, acho que a atitude deixa os estudantes sem muita força para pressionar o Consad, órgão máximo da universidade, já que a ocupação é a última arma dos alunos para tentarem ser ouvidos.
Durante a desocupação, que ocorreu com a mesma rapidez e eficiência que a ocupação, alguns estudantes falaram sobre uma nova ocupação caso as reivindicações sejam ignoradas, o que eu acho quase impossível. Eu mesmo sou contra uma nova ocupação, apesar de continuar apoiando as causas, e achar que deve ser mantido o diálogo com a reitoria, me abstenho totalmente de qualquer manifestação futura.
Fora isso, espero nunca mais ser chamado de companheiro por alguém, minha única companheira é minha namorada, e até ela tá me abandonando pra ir morar fora.

Alguns saldos positivos da ocupação:
-Foi criado um blog ontem e que somente no dia de hoje teve quase 3 mil acessos de pessoas diferentes
-A presença da ocupação foi noticiada aos quatro cantos, e apesar da imprecisão de alguns jornais, ou a parcialidade, o assunto se tornou público
-Apoio de várias entidades e estudantes de outras universidades, esse tipo de coisa tende a unir o movimento estudantil que anda bem fragmentado(só não sei como a notícia da desocupação vai ser recebida por esse pessoal, espero que nada mude)

Fora isso, espero que as reivindicações sejam levadas em conta pelo reitor Dirceu de Mello e pelos padres João Júlio e Rodolfo, da Fundação São Paulo(órgão da igreja católica) que são os outros integrantes do Consad com direito a voto nas decisões. As reivindicações são legítimas e possíveis.

é isso.

2 dias que abalaram a PUC

Quem leu 10 dias que abalaram o mundo se lembra do trecho em que os bolcheviques ocupam alguns prédios públicos e algumas pessoas começam a roubar bens presentes nos recintos. Imediatamente as lideranças impedem que isso aconteça dizendo "camaradas, não vamos dar motivos para que desmoralizem nosso movimento"(to puxando de memória, não sei se a citação está correta, mas se não for isso é quase isso).
Na reitoria da PUC o processo é parecido, a diferença é que ninguém nem tentou saquear nada, pelo contrário, existe uma preocupação muito grande por parte dos estudantes para que não se roube ou danifique qualquer patrimônio da faculdade. Algumas salas e móveis chegaram a ser isolados para uma maior proteção.
Escrevo este texto com um pouco de distanciamento porque não estive presente em todos momentos.
O que mais impressiona é a rapidez, capacidade de mobilização e organização dos alunos.
A ocupação foi feita às 11 da manhã do dia 18, quinta-feira, e quando cheguei na reitoria algumas horas depois, já existiam diversos cartazes colados com informações e reivindicações da causa.
Foram criadas comissões para cada setor: limpeza, segurança, comunicação e cultura. As tarefas são bem divididas mas quando necessário os integrantes de algum setor ajudam em outros, pois como as aulas não foram paralisadas, existem momentos em que determinados setores acabm ficando com poucos integrantes.
Eu mesmo já cozinhei, fiquei controlando a portaria, conversei com pessoas, ajudei na escolha de fotos para colocar no blog da ocupação , e o que mais apareceu.
Ao contrário do que foi publicado em alguns dos grandes veículos de comunicação, não houve nenhum tipo de violência, a ocupação não poderia ter sido mais pacífica e civilizada. Outra informação errônea de vários jornais é a de que ainda não existem reivindicações e ou que a reitoria e Consad os desconhecem.
Existem várias reivindicações como já descrevi no post anterior, a principal delas é que se faça uma redução relativo ao que foi aumentado superior à inflação de acordo com o curso.
Por exemplo, se em cinco anos houve uma inflação de 30%, de acordo com o IPC, e digamos que, nos mesmos cinco anos tenha ocorrido um aumento de 42% no curso de administração de empresas, a proposta é que se faça uma redução de 12% que é o que foi ultrapassado em relação à inflação.
Enquanto escrevo isto, acontece mais uma assembleia dos estudantes, e apesar do temor de uma possível invasão por parte da polícia-foi colocado no movimento um factóide, sabe-se lá por quem, que uma tropa policial já se prepara, puro boato. Alguém disse que existiam policiais em algum lugar no pacaembu, não há nenhuma relação com a PUC.
Em alguns minutos informo a decisão tomada.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ocupação da Reitoria e reivindicações

Como alguns já devem saber, hoje de manhã houve uma ocupação da reitoria da PUC-SP. Como muita gente criticou a atitude, pretendo aqui contextualizar um pouco tudo o que tem acontecido.
É compreensível que após um período de greves, alguns estudantes se sintam frustrados.
Em primeiro lugar, quero dizer que a ocupação não atrapalha em nada o aluno que é contra as reivindicações.
A greve tinha várias reivindicações e de todas elas a única atendida foi a implementação da Agência Online, é uma vitória, mas não basta.
Enquanto ocorria a greve, paralelamente, estudantes de todos os cursos fizeram um abaixo-assinado com mais de 2 mil assinaturas.
As as principais reivindicações eram:
-Redução das mensalidades
-Abertura de editais de bolsas
-Redução dos preços do bandejão
-Auditoria da dívida da PUC
-Democratização da faculdade
-Criação de creche para alunas e professoras que tenham criança pequena.

Na última reunião do Consad, os estudantes entregaram o abaixo-assinado para o Reitor e demais membros, quando o Reitor se prontificou a analisar e dar uma resposta na reunião que aconteceu hoje de manhã(18 de novembro).
Como todas as reivindicações foram ignoradas, os alunos optaram pela ocupação da reitoria.
Essa ocupação se deu agora por 2 motivos:
-porque um abaixo assinado com quantidade expressiva de estudantes foi ignorado
-porque é no fim de ano que o Consad aprova o orçamento para o próximo ano e, se mantido o histórico recente da universidade, corre-se o risco de um aumento significativo nas mensalidades.
Vale lembrar que essa manifestação não tem nenhum cunho político, e os únicos favorecidos serão os próprios alunos. Nós estudantes do primeiro ano, não sabemos muito, mas o diálogo, a solução mais viável, foi tentado em diversas ocasiões anteriores.
As pessoas com tranquilidade financeira, e esse é o meu caso, às vezes se esquecem da atual conjuntura do mundo e país que vivem.
É claro que todos os estudantes da PUC têm consciência de que a faculdade é paga quando passam no vestibular, o problema é que como as universidades públicas são muito disputadas, as vagas acabam sendo preenchidas por pessoas que tiveram poder financeiro para ter uma educação melhor, logo, a faculdade paga se torna a opção que resta para essas pessoas, que dependem de bolsas de estudos ou financiamentos universitários. Nos dois casos, a política recente da PUC vem dificultando a permanência desses estudantes na faculdade, e não é porque eles não têm dinheiro que têm que ser excluídos da sala de aula.
Muitos não sabem, mas na minha própria sala acontecem práticas vergonhosas com inadimplentes, simplesmente pela falta de negociação e burocracia da PUC. Em alguns cursos, as aulas foram colocadas em salas menores constrangendo os alunos e impedindo que inadimplentes pudessem ter aula, sem contar a ausência de seus nomes na lista de chamada e demais atrasos burocráticos para esse tipo de estudante que gostaria de pagar a faculdade em dia, mas que por problemas acaba tendo que priorizar o aluguel, a comida e outras coisas básicas para a sobrevivência.

Espero que esse post possa ter sido esclarecedor para as pessoas que não acompanharam tão de perto o processo, e que elas possam entender os motivos, nada superficiais dessa ocupação.

é isso.





domingo, 14 de novembro de 2010

O bom jornalista

Recentemente conversei com uma amiga sobre minhas decisões bombásticas que mudaram bastante o rumo da minha vida, enquanto ela falava sobre sua filha e a vida.
Ela fez uma afirmação que ficou na minha cabeça, "se é isso que você realmente gosta, estude, seja o melhor".
Comecei a refletir então sobre como eu seria o melhor, ou quais características eu deveria ter para ser um jornalista bem sucedido.
Enquanto meu professor de introdução ao jornalismo, um dos melhores e mais rígidos da faculdade, corrige cada vírgula do meu texto, "o texto está bom, mas ainda continua com erros de pontuação", e me fala sobre não trocar os nomes das pessoas nas provas, "se você fizer isso em um jornal você é despedido na hora", eu penso se isso é realmente verdade.
Sou assinante do Estadão e percebo que muitas vezes existem erros de pontuação, de informação, de nomes e de outros campos, mesmo assim esses jornalistas voltam a escrever no dia seguinte, e até gente muito boa erra.
No jornal de sábado passado por exemplo, o Jotabê Medeiros- que é uma inspiração, pois carrega as matérias de música nas costas, faz de tudo mesmo- escreveu que fez uma entrevista com o baterista de Paul McCartney, após a apresentação deles "no campo do River em Porto Alegre".
Outro dia também estava lendo uma entrevista da Lynn Hirschberg com o Tom Cruise na Rolling Stone. A revista, que não é nem sombra do que já foi um dia(pelo menos em sua versão americana), trazia uma matéria da jornalista- que recentemente teve uma grande polêmica com a cantora MIA, fazendo inclusive com que o New York Times publicasse uma notinha de retratação-, babando ovo para o então jovem astro de hollywood.
Isso aí me fez perceber que uma visão crítica apesar de ajudar, também não é tão necessária, se Hirschberg chegou onde chegou fazendo perfis superficiais de artistas, é porque isso é secundário.
Tudo isso me leva a crer que a qualidade principal para ser um bom jornalista, seria conhecer pessoas, engolir sapos, ser sociável etc. Ora, se eu tivesse todas essas características, teria ficado em Ribeirão Preto ganhando mais do que muito editor chefe, já que os baixos salários na profissão são notórios até para pessoas pouco informadas.
Sei que estou longe de ser um bom jornalista, preciso, como observou meu professor, melhorar meu texto, aumentar minha cultura, falar mais línguas, e estou estudando para isso, mas o que mais me decepciona às vezes são alguns anúncios de estágio na linha "precisa-se de estagiário que seja fluente em inglês, espanhol desejável, bom texto, conhecimento de informática, comunicativo, culto, viajado etc etc etc. Bolsa de 500 reais".
Me pergunto, como é que um jovem vai manter esse nível de competência e intelectualidade, quando ganha menos que uma salário mínimo?
O mais impressionante é que, apesar de todas as reclamações, abusos, horários ruins, salários baixos, a classe não se mobiliza Quem tem a sorte de ter um emprego legal pensa no próprio umbigo e defende o jornal como se fosse o proprietário.
Do jeito que está, o jornalismo ainda vai pro buraco.

O futebol brasileiro não é sério

Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que não acredito que o campeonato esteja comprado. Para mim existem pressões e casos pontuais que acabam sendo decisivos, e que acontecem fora de campo.
O meia Roger do cruzeiro, em entrevista à ESPN voltou a falar do campeonato brasileiro de 2005, quando ele fazia parte da equipe corinthiana.

O campeonato é um dos mais polêmicos da história, e na época ficou claro que existiram pressões devido ao grande aporte financeiro da parceira corinthiana.
A MSI havia investido milhões na formação de um grande time, contratando craques como Tevez, Nilmar, Carlos Alberto, Roger e outros. Essa grande equipe, entretanto, teve muita dificuldade durante todo o ano para ganhar títulos e se firmar.
Após a vitória São Paulina do campeonato paulista, e uma eliminação nos pênaltis para o Figueirense na copa do Brasil, o campeonato brasileiro viria para salvar o ano e manter o sonho da classificação para a tão sonhada libertadores.
O campeonato teve jogos anulados e ficou manchado, é o caso mais polêmico da história do futebol nacional com jogos comprovadamente manipulados pelo juiz Edílson Pereira de Carvalho.
Vale destacar que esse tipo de escândalo não é exclusivo do Brasil. A Itália por exemplo já teve vários casos na mesma linha, a diferença é que lá existem punições e decisões mais coerentes.
O campeonato italiano por exemplo ficou sem um campeão na temporada 2004/2005, e na temporada 2005/2006 a Juventus foi rebaixada e o Milan também perdeu vários pontos após comprovada a existência de jogos arranjados. Após a perda de pontos por parte de Juventus e Milan, a Internazionale foi declarada campeã.
Ano passado, mais uma vez tivemos algumas coisas estranhas no campeonato brasileiro. Além do papelão corinthiano contra o flamengo, algumas decisões do STJD indignaram profissionais e torcedores, como ganchos para Vagner Love(que ainda jogava no Palmeiras, que disputava o título) e jogadores do São Paulo na reta final do campeonato.


Como já é comum na pátria de chuteiras, a arbitragem também errou feio em alguns jogos fundamentais. O flamengo que vinha de uma arrancada, ainda contou com uma ajudinha do time gremista, que entrou em campo com uma equipe reserva na última e decisiva rodada do campeonato.

A disputa atual já vai ficando com cara de corinthians, mas mais uma vez a arbitragem é quem decide.




Esse ano porém, alguns aspectos políticos escancaram ainda mais possíveis pressões aqui e ali, para que o campeonato seja decidido a favor do time alvinegro.
O presidente corinthiano, Andrés Sánchez, fez parte da delegação brasileira na copa do mundo, e tem boa relação na CBF.
Seria possível afirmar que existem alguns interesses para que o corinthians não passe o ano do centenário em branco, mas eles vão além disso.
Como todos bem sabem, teremos uma copa do mundo em 2014, e São Paulo, a maior cidade brasileira, ainda vive um imbróglio na escolha de seu estádio sede.
O Morumbi, após diversas revisões e vistorias, foi descartado. A arena Palestra Itália com 45 mil lugares não comportaria uma abertura de copa, o que aponta para uma provável escolha do estádio corinthiano, apelidado carinhosamente de Fielzão pela torcida.
Não vou nem entrar no mérito da escolha que foi feita sem muito critério, o projeto do estádio ainda é uma incógnita, e usa dinheiro público para a sua construção por meio de um financiamento do BNDES. Também não quero aprofundar sobre a maneira estranha que vem sendo tratada a ampliação do estádio. O time até agora tem o dinheiro para fazer uma arena de 45 mil lugares, estimada entre 300 e 350 milhões de reais, e precisa de quase o dobro desse valor para a construção do estádio com 70 mil lugares.
Sabe-se lá daonde virão os 200 milhões que faltam para a realização do projeto, mas o que uma pessoa inteligente pode fazer é somar um mais um, e perceber que com o Corinthians campeão, a visibilidade do time, a facilidade de arrumar novos patrocinadores e parceiros será muito maior. Sem contar que ganhando o campeonato, o time de Parque São Jorge ganha dinheiro de premiações entre outras coisas. Só lembrando que o banco panamericano, dos principais patrocinadores atuais do "timão" está quebrado.
Entregar o campeonato para o corinthians é uma forma muito fácil por exemplo de resolver esse problema do estádio.
Mais uma vez, quero dizer que não acho que o campeonato esteja comprado. O que pra mim com certeza existe, é o favorecimento em um jogo ou outro, mas que são extremamente decisivos para que se tenha o campeão.
O que mais me frustra nisso tudo, é que quem gosta de futebol acompanha o campeonato por 8 meses, torce, sofre, se emociona, para que o campeonato seja decidido por fatores extra-campo e de acordo com alguns interesses.
Esse tipo de coisa mancha o espetáculo, parece que não é possível um campeonato disputado sem adulteração.
Teremos assim sempre campeonatos cheios de asteriscos, o futebol perde com isso.

ps-a edição dos vídeos e as opiniões que constam neles não são a minha opinião, usei os vídeos apenas para ilustrar lances polêmicos e duvidosos.







terça-feira, 2 de novembro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sobre os medos e algumas outras besteiras

Outro dia estava conversando com uma amiga sobre o sentido da vida e outras coisas que você tem vontade de conversar para sempre.
Recentemente eu cheguei à conclusão de que o sentido da vida é viajar.
Existe aquela frase do John Lennon em que ele diz que "a vida é o que acontece enquanto estamos planejando outras coisas". Dessa forma, eu posso afirmar que o sentido da vida é viajar por vários fatores, e que se encaixam à minha pessoa, mas provavelmente não vai servir para todos:
1-Enquanto eu estou viajando, tenho sempre o impulso de conhecer lugares, pessoas e culturas, e apesar de realizar mais coisas enquanto viajo, acabo achando mais tempo para ler em uma viagem do que na minha rotina.
2-Quando eu viajo, apesar de pensar na vida, não fico me remoendo com arrependimentos, com planos impossíveis e medo do futuro, eu simplesmente me concentro no que está acontecendo agora. Nesse ponto, minha amiga me disse que com ela não funciona da mesma forma, mas depois pensando, cheguei a conclusão de que o motivo, é que ela não está viajando, ela está morando em outro país que não o seu de origem, então, ela simplesmente criou uma nova rotina, mas não deixa de ser uma rotina.
3-Eu sou uma pessoa melhor quando estou viajando. Sou mais bem-humorado, aventureiro, arrisco mais e realizo mais coisas. Para isso, tenho uma explicação lógica. Quando se está em uma rotina, as coisas tendem a acontecer diariamente da mesma forma, por isso procrastinamos, pensando que amanhã tudo será igual, acabamos deixando para amanhã o que podemos fazer hoje, e é natural, porque as coisas realmente acontecem da mesma forma quando estamos em uma rotina.
Já em uma viagem, cada oportunidade não aproveitada, é uma oportunidade perdida, amanhã iremos a outros lugares, conheceremos pessoas diferentes, nada será como hoje.
Se pensarmos que o passado e o futuro não existem, e que a melhor forma de viver é se concentrar no presente, então a melhor forma de viver é viajando.

Para viajar, é preciso muitas vezes que se faça um voo, e o maior clichê é discutir o medo de voar. Isso é provavelmente comum a todos os seres humanos, ninguém gosta de voar, talvez excetuando os pilotos e comissários de bordo, mesmo eles devem ter um medinho lá no fundo.
Eu tenho um amigo bicha que já perdeu oportunidades por ter pavor de avião(bicha não é uma forma pejorativa de descrever um homossexual, ele é heterossexual, mas fresco, bicha é um adjetivo que independe da posição sexual).
Então quando as pessoas começam a falar sobre medo de voar eu automaticamente penso "mas que papo furado".
Dentro do avião ainda existe uma certa perda de tempo por conta de protocolos. Eu acho que todos os protocolos do mundo deveriam ser extintos. Todos sabem que os bancos servem para flutuar, que não se pode fumar nem ligar aparelhos eletrônicos no momento da decolagem e também na hora de aterrizar. OS celulares devem ser desligados durante todo o voo, e em caso de emergência máscaras de oxigênio caíram na sua frente, você deve colocar primeiro em você e depois em crianças e pessoas com dificuldades.
Isso é um inconsciente coletivo, já faz parte do instinto do ser humano, sabe aquelas voltinhas que um cachorro dá antes de deitar? Isso é um resquício do instinto, de quando eles viviam no meio do mato e tinham que amassar capim para poder deitar. Eu acredito que o homem saberá o que fazer em uma emergência em um voo, ou após o bipe em uma ligação.
O que nos falta é saber que tipo de conversa puxar em um elevador, ou como se portar em relação à uma mulher, e isso não tem comissário de bordo que explique, ou aviso que explicite.


domingo, 10 de outubro de 2010

Primeiro dia de SWU no Multishow

Há muito tempo quando foi anunciado o Woodstock em Itu, eu conversava com alguns amigos e dizia para eles, "vai dar merda".
Eles discutiam comigo que tudo correria bem, meus amigos achavam que era implicância minha, achavam que era um pensamento de que tudo no Brasil não funciona, mas meu argumento era baseado em estimativas.
Os organizadores do festival esperavam um público de 100 mil pessoas, mas ofereceria por exemplo menos vagas para camping do que festivais com público menor que esse no exterior.
Por sorte essa estimativa baixou para 50 mil por dia, e o público presente foi só de 45 mil no primeiro dia, o que com certeza deve ter contribuído para o festival não ter sido um completo caos. O uol publicou aqui alguns dos problemas do primeiro dia.
Como eu não estive presente ao festival, não posso comentar além dessas minhas convicções iniciais e o que foi noticiado, então vou falar aqui sobre o que foi transmitido pelo Multishow.
O canal fechado começou suas transmissões com Los Hermanos, e a banda desfilou todos seus hits menos Ana Júlia como já era previsto. Amarante sempre bem humorado brincava com a plateia enquanto Camelo ficou mais quieto e por vezes ficou no fundo do palco tocando baixo. Amarante chegou até a perguntar "cadê o Marcelo?".
Entretanto, a banda parecia sem ritmo e desentrosada em alguns momentos. Fato é que após esse hiato, o Los Hermanos ganhou um status de super banda que não condiz com o sucesso atingido por eles até então, ainda mais se considerarmos que o último disco deles "4", fez menos sucesso que o anterior, "ventura".
Considerando tudo, a banda conseguiu segurar bem a multidão, que em seguida assistiu aos americanos do Mars Volta.
Não conheço muito o Mars Volta, mas para mim parece um MC5 com músicas compridas demais e seu vocalista Cedric Bixler-Zavala me pareceu bastante caricato, me lembrando bastante Jack Black em Escola do Rock, apesar disso sua postura era séria.
O show dos americanos teve bastante energia e agradou a plateia.
A transmissão do festival no multishow foi feita por Luisa Micheletti, Beto Lee e Erika Mader. Na minha opinião, os apresentadores estavam bastante perdidos, dando informações contraditórias e algumas vezes sem sentido. A culpa não é somente deles, já que a edição também deixou a desejar, em alguns momentos como por exemplo na demora do Rage Against the machine para subir ao palco, seria de bom tom passar reportagens sobre outros shows do festival, entrevistas com artistas, melhores momentos ou até clipes da banda, o que não foi feito porque não quiseram ou porque o Multishow não tinha esse conteúdo.
A estrela vermelha apareceu no telão e o RATM subiu ao palco começando o show com Testify e Bombtrack na sequência.
Logo no começo o show foi interrompido, o motivo é que algumas grades que separavam a área vip do grande público caíram e começou uma invasão generalizada.



Desde o começo, quando o RATM foi anunciado eu sabia que esse negócio de área vip não ia dar certo. Alguns dizem até que o guitarrista Tom Morello teria sugerido ao público para que ocorresse a invasão e que o vocalista Zack de la Rocha teria incitado o público, acho que não existe provas para isso apesar de ser bem possível.
O show ainda foi interrompido uma segunda vez por problemas no som, que cortava a voz de Zack algumas vezes.
É muito legal ver passar em uma rede de televisão da elite uma banda gritando "yes I know my enemies... hipocrasy, brutality, THE ELITE, all of which are american dreams". Mas também poderiam ser sonhos brasileiros.
Quando finalmente a "ordem" e o som foram restabelecidos, a banda tocou mais uma música e o Multishow cortou a transmissão as 23:15h. A transmissão estava marcada para encerrar a meia-noite.
Existe a teoria de que a transmissão foi interrompida porque Tom Morello colocou um boné do MST, o próprio guitarrista postou essa teoria em seu twitter, também dificilmente poderemos provar esse fato, já que em entrevistas a banda já tinha anunciado ter dado ingressos para o MST e Zack de la Rocha dedicou Know your enemy aos "brothers and sisters of the MST", e tudo isso apareceu na transmissão do multishow.
Quem perdeu o sábado a noite assistindo à transmissão se arrependeu já que pouco se mostrou do Rage devido às interrupções e do corte brusco da transmissão.

nota:perdi meu tempo

ERRATA:A música que Zach de la Rocha dedicou ao MST foi People of the sun

Bon Jovi no Morumbi

Após 15 anos a banda Bon Jovi voltou a São Paulo para desfilar uma infinidade de hits.
O show de abertura ficou por conta do Fresno, o qual eu não consegui assistir, mas pelo que foi dito foram muito vaiados e saíram do palco em meia hora.
Jon Bon Jovi e sua banda entraram quase que sem atraso às 21:15h,que em se tratando de shows de rock é mais do que pontual.
Abriram com o clássico Blood on blood do disco New Jersey...

para ver a resenha inteira vá para www.hitburners.com

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Em dia de guns and roses Dinosaur Jr começa show com quase uma hora de atraso.

Dinosaur Jr @Comite Club
São Paulo
Dia 28/09/2010 - terça-feira
A primeira impressão quando entrei no Comite Club é de que o lugar não comportaria o show do Dinosaur Jr. É impressionante a precariedade brasileira quando se trata de casa de shows.
É claro que no exterior tínhamos e ainda temos lugares como o CBGB, mas também existem grandes casas para receber as bandas já com chão e consideradas clássicas.
A casa acabou comportando todo o público que tinha esgotado os ingressos há mais de 15 dias. Surpreendentemente muitas meninas e pessoas jovens para uma banda que já tem mais de 20 anos de estrada e somente a pouco tempo foi reformada com sua formação original- J Mascis(vocal e guitarra), Lou Barlow(vocal e baixo) e Murph(bateria)-, que é a formação que passou por São Paulo.
O horário do show já passava quando um roadie subiu ao palco para afinar os instrumentos. Um pouco depois um pessoa da organização subiu para agradecer ao público e dizer que a banda estava quase pronta.
Eu estava posicionado ao lado do palco e quando fui perceber o J Mascis se encaminhando ao palco, Lou Barlow já estava do meu lado.
Barlow tirou os sapatos e a banda começou com thumb.
Na segunda música Murph já estava sem camisa e pouco depois Lou tiraria suas meias sob os aplausos das jovens fãs.


A banda tocou com vigor as músicas preferidas da plateia e se Lou Barlow esbanjava energia e simpatia, J Mascis tinha a mesma postura de um cantor sertanejo apenas empunhando a guitarra e balançando de um lado para outro. O cantor principal também pouco conversou com o público.
Em alguns raros momentos de silêncio, os fãs pediam para que fossem aumentado o volume dos microfones, pois em algumas músicas mal se ouvia o vocal.
Os integrantes da banda pouco se conversam em palco e a comunicação é na base do barulho, J faz alguma distorção com a guitarra, Lou dedilha o baixo e Murph ajeita a bateria, quando você menos espera a próxima música já está tocando.
Alguns dos destaques foram in a jar, feel the pain, over it, furry little things e freak scene.
Depois de manter a plateia em êxtase durante toda a apresentação, a banda fez uma breve pausa, mas mesmo sem sair do palco fez um bis que agradou a todos com o cover de just like heaven do Cure, kracked e finalizando o show com sludgefeast.
Apesar de alguns problemas do local, e com o som, quem assistiu ao espetáculo saiu satisfeito.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O 3d tá ultrapassado


Tá todo esse bafafa de 3d, filme, tv, até playboy, mas em 2008 os hitburners já tinham cartaz em 3d, chupa larissa riquelme(com trocadilhos)


sábado, 18 de setembro de 2010

A função do jornalismo musical se tornou confusa

Ocorreu um certo alvoroço no "mundo indie" quando o jornalista Lucio Ribeiro passou a ser colaborador do Estado de S. Paulo.
Não sei se o que ele faz no jornal pode ser chamado de colaboração. Ele tem uma coluna semanal, aonde faz a mesma coisa que faz em seu blog, só que de maneira mais curta e superficial.
Por se tratar de um espaço semanal, Ribeiro também aproveita com frequência para divulgar eventos que são promovidos por ele mesmo, uma auto-propaganda ou auto-promoção deslavada.
Nunca gostei muito da forma como ele escreve em seu blog, pois sempre achei que um jornalista experiente e já de certa idade como ele, deveria escrever com um pouco mais de conteúdo e um pouco menos de deslumbre. No popload, toda semana uma banda nova salva o rock.
Jotabê Medeiros, outro jornalista do "estadão" (esse sim colaborador), faz de tudo um pouco. São resenhas, entrevistas, reportagens e o que mais aparecer pela frente.
Mesmo com toda a boa vontade de Medeiros, percebo que com frequência ele faz alguma matéria com claro teor de propaganda. Não sei se por determinação da redação ou se o próprio Jotabê ganha algum por fora para escrever esse tipo de coisa. Qual não foi a minha surpresa ao abrir o jornal hoje-sábado, 18 de setembro- e perceber que ele dedicou uma página inteira para falar sobre duas bandas que vão estar no festival SWU?
E não é apenas que ele tenha feito uma entrevista bacana com duas ótimas bandas ( Pixies e Queens of the Stone Age), no final da página existe todo o tipo de informação sobre os ingressos do festival, site, preço etc.
Me parece que atualmente no Brasil se misturou muito o que é ser fã e jornalista. Também não fica clara, a diferença entre fazer uma resenha ou entrevista com uma banda à divulgar essa banda, pois a função do jornalista não é fazer propaganda.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Hitburners 24x7

O portal Hitburners agora toca música 24 horas por dia, 7 dias da semana.
O espaço continua aberto para quem quiser criar algum programa, mas enquanto esse espaço está livre, um computador faz o serviço por mim.
Continuo apresentando programas toda terça e quinta, meio dia e meia noite:
Terça-feira:
12:00-Quentinhas e congelados
00:00-Terça em dobro

Quarta-feira:
12:00-Quentinhas e congelados
00:00-Grrrls

Coloquei no servidor músicas que eu gostaria de ouvir e também procurei variar bastante, então tem rock novo e clássico, música brasileira, pop, um pouquinho de hip-hop, tudo na linha de hits.
Você pode também sugerir músicas para entrar na programação normal.
A programação normal funciona basicamente como se eu tivesse feito uma grande playlist e colocado no shuffle, mas como a lista é grande, dificilmente você vai ouvir a mesma música no mesmo dia.
Em breve provavelmente teremos um novo programa do Celsico

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Prefiro ir a pé

Todos os dias quando vou para a faculdade, tenho o costume de ouvir rádio, e quando não tem nada de bom nem na Kiss e nem na 107.3, acabo ouvindo a oi fm.
Para minha infelicidade o programa que vai ao ar nesse horário é o "De Carona" apresentado por Renata Simões e Joana Ceccato.
Joana tem uma impostação de voz muito boa, e a Renata é OK. A intimidade que as duas procuram transparecer no rádio me parece forçada, chamando uma à outra por "Rê" e "Jo", mas não é nem isso o que mais irrita no programa.
As músicas são geralmente "novidades", a maioria nem é escolhida por elas, e algumas até me agradam.
O que mais me irrita é o nível de gafes que sai da boca delas por falta de informação, eu sei que rádio é uma mídia imediata, é correria mesmo, mas existe toda uma equipe por trás, e algumas coisas elas deveriam até saber. Vou elencar algumas que me irritaram recentemente.
1-Uma das moças(não me lembro qual) estava em Dublin, enquanto a outra apresentava o programa aqui de São Paulo. Na Irlanda, ela destacava a arquitetura da cidade, falando à exaustão sobre a graciosidade das "casinhas em estilo vitoriano".
O estilo dominante de Dublin é Georgiano. Não vou nem comentar aqui as diferenças de estilo, de tempo e de onde estão presentes os dois "estilos", mas bastava a apresentadora perguntar a alguém, "qual o estilo arquitetônico dessas casas?", antes de dar a informação errada.
2-Ao falar sobre o seriado Glee, uma delas fez um comentário infeliz, estritamente pessoal e um pouco preconceituoso, dizendo que a série tirava do baú porcarias, músicas antigas horrorosas, mais especificamente falando, "Don't stop believing" do Journey, um clássico do hard rock americano.(A série também resgata outros clássicos da música, além de misturar com canções atuais, e talvez esse seja o maior mérito dos produtores).
3-Essa é imperdoável. Uma das apresentadoras comentava sobre o livro de 2006 de Ben Fong-Torres que foi editado esse ano em português. É uma biografia da banda Doors feita por meio de entrevistas do jornalista com integrantes da banda. O livro ser de 2006 não é o problema, já que a edição brasileira foi lançada somente esse ano, mas ao se referir ao autor, ela disse "o tal Fong-Torres", como se fosse um desconhecido que tivesse feito um livro qualquer.
Ben Fong-Torres foi dos primeiros editores chefe da revista Rolling Stone, quando a revista ainda importava nos anos 60 e 70. Há quem vá dizer que um apresentador de rádio não tem que saber isso(eu discordo), mas Fong-Torres se tornou figura pública no clássico de Cameron Crowe, "Quase Famosos", onde ele é chefe do jovem William. Ele foi chefe de Cameron Crowe na vida real, e a história do filme fala um pouco sobre isto.

Se for pra pegar carona com elas, prefiro ir a pé.

como é que alguém não gosta dessa música?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vírgula. Minha grande inimiga

Quando perguntado sobre pontuações Hemingway diria que é preciso aprender jogar golfe com os tacos convencionais antes de querer revolucionar o jogo.
Jack Kerouac reclamou que os editores colocaram muitas vírgulas em seu "On the road". Originalmente o livro foi escrito de forma insana com a ajuda de café e benzedrina. Lucien Carr arrumou um rolo de papel que ajudou Jack a não perder a linha de pensamento e foi dessa forma que ele apresentou seu original às editoras. Um grande rolo de papel.
Truman Capote diria mais tarde que Kerouac não escrevia e sim datilografava. Eu discordo.
O recém falecido José Saramago revolucionou a literatura com sua forma corrida de escrever. Parágrafos gigantescos de puro brilhantismo.
Meu professor de introdução ao jornalismo sempre briga comigo. Ele diz "não adianta falar com você precisa mais capricho na pontuação"
Porém eu nunca fiz de propósito algumas vezes eu deixo de colocar vírgulas para o texto ficar mais corrido. Outras acabo esquecendo ou errando mesmo. Acontece
Mas será que a vírgula faz tanta falta assim?

ps-Em breve colunas e notícias na www.hitburners.com. Talvez até uma charge semanal. Quem sabe novos programas de rádio com novos apresentadores.

domingo, 22 de agosto de 2010

Lembro que na época do de stijl tinha uma foto minha de pernas pro ar, com um tênis de skatista, uma cópia do jovem werner e o computador.
As coisas mudam um pouco, mas nem tanto, uma foto com chinelo de vovô e alguns action figures atrás, ainda de pernas pro ar

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Rádio Hitburners

Não sei se todos já sabem, mas semana passada eu inaugurei a rádio hitburners.
É uma rádio online, mas é mais que uma rádio, é um mini portal, lá você encontra notícias, links, vídeos e outras coisas.
Ainda falta muita coisa, desde grade de programação, que está muito incompleta, até ajuda no abastecimento de notícias.
Além de pedir que vocês acessem o portalzinho, aproveito a oportunidade para pedir ajuda de pessoas que possam se interessar em redigir notícias, fazer programas de rádio, entre outras coisas. O site é bem completo e quem tiver vontade de fazer algo vai até se surpreender, entretanto, não posso pagar nada a ninguém já que pelo menos por enquanto, não passa de uma rádio laboratório que não tem nenhum receita.
Quem estiver disposto a fazer um programa de rádio pelo prazer de fazê-lo, pode me mandar um email que é bem simples.

domingo, 1 de agosto de 2010

Sound Cloud

Alguns dos links para os podcasts expiraram, então eu to deixando eles no sound cloud, quem quiser ouvir online ou fazer download para ouvir no mp3 player é só acessar minha conta aqui

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Shows de rock são artigos de luxo no Brasil (parte 2)

Parte 2-Os preços

O que é o rock?
Walter Benjamin provavelmente diria que é mais um simulacro da indústria cultural para alienar os jovens, ou algo do tipo. Eu gosto de pensar que não é somente isso.
Para mim rock é uma manifestação popular, é uma arte que tenta modificar o comportamento, a política e, que além disso tudo busca promover diversão.
A diversão em si pode ser uma alienação, mas acredito que é também uma válvula de escape para tornar a vida mais suportável. Não que a vida seja insuportável, mas muitas vezes com o trabalho, a dificuldade para pagar as contas, problemas cotidianos, coisas teoricamente menores como uma música podem salvar nosso dia, ou até a vida.
Bruce Springsteen iria além dizendo que "nós aprendemos mais ouvindo em um disco de 3 minutos do que na escola".
Entendo que os grandes empresários do entretenimento brasileiro podem não ter essa minha visão social e talvez até romântica, então falemos de mercado.
Não é necessário dizer que nos EUA você consegue assistir shows de bandas como Pearl Jam por 20 ou 30 dólares, e que artistas como Paul McCartney ou Rolling Stones, não ultrapassam muito a casa dos 50 dólares.
Como o assunto do momento são os festivais, coloco aqui abaixo os preços dos principais festivais do mundo, em seguida pode-se fazer uma comparação com os valores praticados no mercado brasileiro.
Glastonbury-185 libras(passe para 4 dias de festival)
Reading ou Leeds-180 libras(passe para 3 dias de festival)
Coachella-269 dólares(passe para 3 dias de festival)
Bonnaroo-175 dólares(passe para 4 dias de festival)
Lollapalooza-175 dólares(passe para 3 dias de festival)

Os valores mudam um pouco, a quantidade de dias também, em alguns festivais como o Glastonbury, você não paga nem um centavo a mais para ficar acampado.
Apesar de oscilações e diferenças, a média mundial de um passe para todos os dias de um grande festival é de mais ou menos 388 reais, ou 115 dólares.
Se formos compararmos a economia de cada país, o salário mínimo vigente, o índice big mac etc, veremos que é um preço muito mais barato do que o praticado aqui no Brasil, mas nem é preciso fazer isso. Um festival brasileiro já é mais caro em preços absolutos mesmo.
É só ver o preço que está sendo cobrado pelo SWU, ou então fazer uma conversão do terra para 3 dias, que é a duração mínima de um grande festival no exterior. Você chegará a um preço mais salgado do que os cobrados no Reino unido ou nos Estados Unidos.

Dito isso, pode-se começar a pensar em qual seriam as justificativas dos organizadores para um preço tão abusivo.
Depois de pensar muito, a única justificativa plausível a qual consigo chegar, são as dificuldades logísticas(a baboseira das carteirinhas de estudante não cola, pois a maioria dos grandes eventos de música são caros até mesmo considerando a meia entrada).
Concordo que realmente existem algumas dificuldades na logística ao se trazer um artista internacional, mas duas coisas me intrigam:
1-Em compensação, os custos de mão de obra para montar um palco, segurança, divulgação etc não são mais baratos aqui no Brasil? Claro que são. Talvez até mesmo o aluguel do recinto.
2-Teria o Brasil uma dificuldade logística maior que Austrália e Japão em se tratando de uma banda americana por exemplo?

Shows de rock são artigos de luxo no Brasil (parte 1)

Parte 1-Os Organizadores

Em primeiro lugar é importante situar quem são os organizadores de festivais.
Lá fora, muitos dos grandes festivais são feitos por pessoas que gostam de música, que sempre viveram disso. Só para citar alguns exemplos, a Goldenvoice, que promove o Coachella, era uma organizadora de shows independentes de Los Angeles, por muitos anos eles tiveram um prejuízo enorme até se estabilizar como um grande festival.
O Glastonbury é um festival mais antigo que o Woodstock, é organizado por um fazendeiro que hoje é ajudado por sua filha, é o maior festival do mundo em todos os aspectos.
Por último gostaria de citar aqui o Lollapalooza, que é organizado por Perry Farrell, músico, vocalista do jane´s addiction e porno for pyros.
E quem são os organizadores desse tipo de evento no Brasil?
Empresários e grandes empresas.
Qual o intuito deles em fazer esse tipo de evento?
Os empresários estão preocupados com o dinheiro, enquanto as grandes empresas querem dar visibilidade à sua marca, é por isso que você ainda encontra festivais e shows com preços não tão abusivos como o Planeta Terra por exemplo.
Por esse motivo, talvez você nunca consiga ver aquela banda super independente que você ama aqui no Brasil, pelo fato de não gerar receita e nem visibilidade.

Amigadizagem II

Outro dia almocei com um amigo e, ele dizia que teve um insight, falou sobre destinar parte do salário a uma poupança, para poder se aposentar antes do tempo normal e com conforto.
Sempre quando temos um tempo pra pensar, temos algum tipo de insight, alguns tão grandes que chegam a ser quase uma epifania, eu tive um desses em 2007 e nem sabia.

Mudando um pouco de assunto, eu estava conversando com um amigo sobre a área vip de shows aqui no Brasil, ele dizia que gostava por ter mais espaço. Sobre tudo isso eu tenho algumas opiniões fortes.
Em primeiro lugar VIP significa "very important person" e não "very rich person", acho que até seria válido uma pequena área vip para namoradas e amigos da banda, organizadores e patrocinadores, uma área lateral, próxima ao palco que não interferisse na visibilidade de quem é fã.
É complicado assistir um show de longe e ver pessoas que conhecem 2 músicas e vão aos shows fazer colunismo social porque no Brasil agora show de rock é chique.
Meu amigo tentou justificar dizendo que quem não tem dinheiro pra pagar que não vá, e ainda falando que uma pessoa que ganha 500 reais não deveria pagar um ingresso de 200 já que um show de rock é uma coisa supérflua.
O caso é que quem vai a shows de rock não é quem ganha 500 reais, e não é justo cobrar 600 reais de uma área vip já que rock é uma manifestação popular, não é um artigo de luxo e nem um evento elitista como uma balada da vila olímpia ou uma ópera.
Escrevi tudo isso aqui não pra ilustrar uma discussão entre amigos, mas sim pra fazer um gancho com o meu próximo post, em que vou falar sobre os festivais.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre viagem e amigadizagem*

*amigadizagem é uma palavra mista que eu acabo de inventar que acho que quer dizer aprendizagem com amizade, o que você aprende com ou sobre os amigos, mas não tenho certeza, é provavelmente uma palavra que não vai pegar porque é grande e complicado de falar, mas quem sabe.*2
*2 o post provavelmente não vai ser só sobre isso

Em primeiro lugar eu gostaria de perguntar ao Ricardo Gomes, na verdade nem é uma pergunta, é uma afirmação. O Ricardo Oliveira é melhor com 1 perna do que qualquer outro jogador do SP, talvez não o Fernandão e o RC. Mesmo torcendo contra, me irrita quando o time joga muito mal, parece que eu estou perdendo meu tempo.

As viagens que eu fiz ultimamente, acabei me hospedando em hotéis baratos que não tinham o serviço de concierge, ou em casa de amigos. Amigos são melhores que concierges.
Na última viagem que fiz com a minha mãe, ficamos em hotéis legais.
Percebi que em Londres tínhamos o serviço de concierge e lembrei imediatamente do Michel J. Fox


Os caras eram amáveis, mais nada comparado ao j Fox

Outra dúvida, o que a Inglaterra tem contra o willcall?

Às vezes você vai a um lugar e pensa, "tomara que eu não precise voltar nunca mais aqui", às vezes você vai mais vezes a esse lugar e acaba gostando. Às vezes

Alguém achou que ficou bom o transplante de cara? Achei que o cara ficou um pouco bochechudo.

Adoro livros com um final sem final, já filmes nem tanto.

Hoje eu assisti Greenberg, e não era tudo o que eu achava. É um típico filme com boas falas, mas é legal que tem o Mark Duplass num papel secundário e a Greta Gerwig, que está sensacional no papel feminino principal. Os dois são figurinhas carimbadas de filmes "mumble core" que eu tanto gosto e falo a respeito.

Ouvi outro dia a seguinte frase: "amigos são muito importantes, não troco um amigo por fortuna nenhuma". Na hora pensei "troco qualquer amigo por qualquer fortuna", o que não é bem verdade, mas dá pra trocar vários. Aí há quem vá dizer, "se você troca é porque não é amigo de verdade", mas é difícil dizer, são conceitos difíceis, o que seria um amigo de verdade?

Depois de conversar com meu pai sobre coisas compradas por impulso, comecei a pensar quantas vezes deveria um produto ser usado para compensar a aquisição? Há quem vá dizer "muitas vezes", outros ainda vão falar "72 vezes", mas é difícil dizer, são conceitos difíceis, quem aqui já usou uma camisinha mais de uma vez?

Assisti recentemente ao filme Vanishing Point, legalzinho, me fez lembrar do audioslave, sempre achei o nome da banda bom apesar da controvérsia que teve quando foi lançado o primeiro disco da banda.
Chris Cornell explicou dizendo "sempre tive nomes legais pra banda, mas não tinha uma banda pra usar o nome, agora tenho uma banda legal e não tenho um nome bom, o que importa é a música e bla bla bla". O que com certeza ele não tem é boa memória, senão lembraria de algum nome legal que inventou na juventude e usaria pra batizar a superbanda. Ele também não deve dirigir muito bem, é clara a cara de medo do Brad Wilk no clipe de "show me how to live", ele chega até a segurar no puta que pariu algumas vezes. O Tom Morello pensa "eu quem devia tá guiando essa porra".
O diretor de Vanishing Point disse que sua intenção era fazer do carro(um dodge charger 1970, branco) a estrela do filme. Pra mim ele conseguiu.

Estava agora vendo alguns clipes do audioslave e, comecei a pensar que talvez tenha sido a banda que mais chegou perto da perfeição para todas as partes. Vou explicar
O Chirs Cornell podia ao mesmo tempo fazer músicas boas, fazer baladas, fazer bichísses, usar camiseta regata etc.
O Tom Morello continuava a ter visibilidade pra protestar contra seja lá o que ele queira protestar.
O Brad Wilk podia quebrar o baixo a vontade
O Tim Commerford podia fazer chapinha no cabelo sossegado.
Tinham músicas pesadas e baladinhas, é o tipo de banda que você e sua namorada poderiam ouvir juntos, já que sua namorada não ia querer ouvir as porradas do Soundgarden e você não ia querer ouvir as coisas melosas que o Cornell fazia solo.
É como assistir jogo da alemanha, sua namorada acha os jogadores bonitos e não reclama, você vê um jogo bom e ainda vê uns flashes de umas gostosas na torcida.
O clipe de cochise, tirando aquele abracinho falso no final, é das coisas mais fodas que já teve em videoclipe, ainda mais nas circunstâncias em que foi lançado etc.

Amanhã eu vou falar um pouco sobre insight e epifania, agora vou dormir, minha namorada me ensinou a usar um travesseiro reserva como proteção acústica, coisa de gênio.

*3-TODAS AS PERGUNTAS FEITAS NESSE POST SÃO RETÓRICAS, POR FAVOR NÃO PERCA SEU TEMPO RESPONDENDO

continua...




sexta-feira, 23 de julho de 2010

Convocação Muricy

Muricy foi nomeado o novo técnico da seleção, e eu já adianto aqui a convocação da próxima segunda-feira:

Goleiros:
Rogério Ceni
Bosco
Renan

Zagueiros:
Miranda
Alex Silva
André Dias
Breno

Laterais:
Richarlysson
Junior
Ilsinho
Souza

Volantes:
Hernanes
Josué
Edinho
Pierre
Jean
Souza(ferrugem)

Meias:
Jorge Wagner
Cleiton Xavier
Conca(a papelada de naturalização está encaminhada)

Atacantes:
Aloísio
Dagoberto
Borges*
Ricardo Oliveira

*Borges já está reclamando por ter que ficar no banco


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Wrong number

É impressionante como funciona a cabeça das pessoas.
Digo isso porque quando alguém liga em um número errado, ela nunca simplesmente se desculpa e desliga ao saber que a pessoa que atendeu não é exatamente a que ela queria falar.
É como se você virasse cúmplice dela, "você não sabe o telefone de lá?", ou então culpado, como se você quem estivesse atendendo o telefone no lugar errado e, não ela quem se enganou.
Tinha uma época aqui em casa que várias pessoas ligavam enganadas, achando que estavam ligando para uma empresa de produtos para piscina. Depois de ficar um pouco irritado com isso tudo, descobri qual era o telefone do lugar e, quando as pessoas ligavam pra cá, eu passava o número correto, só assim pararam de me incomodar.
Ainda me irrita um pouco quando as pessoas ligam errado e ainda querem que você dê uma explicação do por quê ela ligou errado.
Como é que eu vou saber minha filha? Eu só dei o azar de o meu telefone ser a exata combinação do telefone que você queria ligar e o número que por acaso você errou, mero acaso, da próxima vez preste mais atenção ao discar.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A Rota 2010

Tudo começou em 2003, quando um amigo que morando em São Paulo, disse para outros que moravam em Ribeirão Preto.
"Estou indo aí comemorar meu aniversário, o que a gente vai fazer?"
Depois das mais esdrúxulas ideias, chegou-se ao consenso de fazer uma rota de bares entre o pinguim do shopping santa úrsula e o do ribeirão shopping.
O mote era "12 cervejas e a conta, por favor"(já que eram 12 amigos).
No segundo ano o evento cresceu, o início mudou para o pinguim do centro. Foi a primeira vez com camisetas, mas o trajeto ainda não era feito completamente a pé, os maratonistas etílicos deixavam carros espalhados em pontos estratégicos aka pontos em que a distância a ser percorrida sem bares no caminho fosse muito grande.
O terceiro ano marcou o projeto "full foot" feito totalmente a pé. Com isso também aumentou o número de bares no caminho e, criou-se os famosos "bônus round", bares, botecos, carrinhos de lanche ou seja lá o que for que por algum motivo não foram incluídos, mas que estejam vendendo cerveja.
Assim como os bônus round, outras peculiaridades foram inventadas espontaneamente pelos participantes, como a "invasão" do coreto, a negociação do chopp extra no cine cauim, a foto em "ouro preto".
Para quem nunca foi, essa será a oitava edição. Como sempre existem kits com camisetas e canecas, provavelmente já esgotados, pois eles são feitos sob encomenda.(mesmo assim encha o saco do Véio, às vezes pessoas faltam e sobram algumas unidades)
Mesmo assim quem só ficou sabendo agora, não tem problema, não é preciso ter camiseta nem pagar entrada para participar, basta estar presente na esplanada do teatro Pedro II no sábado, dia 24 a partir das 15:30h, e estar disposto a tomar 23 cervejas, uma em cada bar, e caminhar até o destino final.

Abaixo algumas dicas para marinheiros de primeira viagem:

1-Leve dinheiro trocado, cada um é responsável por pagar sua própria cerveja e isso facilita na hora de acertar a conta
2-Não deixe para almoçar muito tarde, mas também não vá de barriga vazia
3-Meninas, evitem saltos e roupas desconfortáveis, a caminhada é longa
4-Pra quem quiser levar mochila, uma blusa leve e água podem ser fundamentais no final do trajeto.
5-Seja tolerante com os bêbados, todos estão ali para festejar, é de bom tom que todos mantenham uma cordialidade para evitar problemas.
6-Não deprede patrimônio público e nem privado, o intuito é beber, se divertir, fazer amigos e encontrar amigos distantes.
7-No empório damasco e outros pontos da caminhada, são vendidos salgados, espetinhos etc, procure se alimentar
8-Um engov antes e se lembrar, outro depois

A Rota:

23 bares
23 cervejas
8 km
8 horas

Ribeirão Preto
24 de Julho de 2010(sábado)
concentração:15:30h
local:Esplanada do teatro Pedro II(em frente à choperia pinguim)
procure as pessoas uniformizadas com copo na mão

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Viajar é um talento


o cara dessa propaganda é muito simpático

Viajar é das melhores coisas da vida, mas não é fácil.
Tem gente que compra um pacote na CVC, fica num resort fechado, openbar, se entupindo de cerveja e casquinha de siri, não conhecem a cultura local, não querem conhecer, eles querem apenas descansar.
Na minha opinião, não existe lugar melhor pra descansar do que em casa. Por melhor que seja um hotel, existe sempre algum desconforto, o banheiro é menor, ou então você não recebe seu jornal diário, a TV não tem todos os canais, a cama é diferente e os travesseiros também. E o chuveiro? ah o chuveiro.
Também é loucura pensar como Ryan Bingham. Concordo com o que está escrito na minha carteirinha de viagem, "travel is a means to an end". Por mais que você viaje de primeira classe, um vôo nunca é bom, viagens por terra, podem se mostrar legais, apesar de muitas vezes cansativas. Você conhece melhor os arredores, o caminho etc.
Desde 2007, tento fazer um manual de viagens para mim mesmo, com um critério de avaliação de hotéis e algumas outras coisas, por falta de tempo, organização e muita preguiça, nunca consegui.
Algumas coisas você precisa saber quando se trata de uma viagem de uma semana ou mais, especialmente se você for se deslocar por vários lugares e sem a supervisão de um guia:
1-Você tem que ter um livro amigo:
Tente escolher um livro que tenha alguma relação com a viagem, sempre penso em um livro como um amigo, ele me faz companhia, conta histórias, por isso sempre sofro quando termino um bom livro, é a perda de um bom amigo, mesmo que você o leia de novo, ele nunca será o mesmo.
(Para essa viagem especificamente comecei com Slanted and Enchanted da Kaya Oakes, mas meu amigão mesmo acabou sendo Eating the Dinosaur do Chuck Klosterman)

2-Faça playlists para você mesmo, grave cds:
Algumas músicas sempre marcam uma viagem, algumas por acaso, outras pelo fato de terem sido lançadas na época, tente criar playlists com músicas que você goste, a vida fica melhor com música.

3-Existe sempre um momento ruim em uma viagem:
Em algum ponto da viagem sempre acontece algum perrengue, é um pneu que fura, algum bem roubado ou perdido, saudade de casa, fotos que se perdem. São coisas que assim como na vida, têm que ser superadas. Não é fácil, mas é preciso, para isso, tente mudar algo, coloque uma roupa diferente, vá a um cabeleireiro e peça um corte especial, pense que as oportunidades são poucas e não é reclamando que se faz uma boa viagem.

4-Arrisque:
Faça coisas que você normalmente não faria, cante no meio de uma multidão, tente conversar em alemão com um japonês, fique sem dormir, quando você é ousado as coisas acontecem mais fácil e a viagem fica mais legal e surpreendente.

Crie suas próprias rotinas de viagem, mas mais importante, não deixe que essas rotinas te atrapalhem, é sempre bom estar aberto.

The times they are a-changing

Lembro vagamente que a seleção espanhola foi uma sensação na copa de 86, foi a primeira vez que eu ouvi o termo fúria para descrever o time de futebol. Apesar das grandes atuações e Butragueño, a equipe acabou sendo eliminada pela Bélgica. De lá pra cá a Espanha ficou conhecida sempre por apresentar um bom futebol, mas não ir muito longe em copas.
A seleção holandesa também sempre foi famosa por seu futebol ofensivo, mas se não ganharam nem com Cruyff, não iria ser com jogadores medianos que conquistariam um título.
Em uma final das mais chatas da história, talvez perdendo só para a de 1994, a Espanha sagrou-se campeã e eu comecei a pensar, "como vou viver em um mundo onde a Espanha já ganhou um título?".
É complicado explicar certas coisas para as novas gerações, explicar que o Ronaldo não é apenas um gordo que joga no Conrinthians, por exemplo. Que em 2002 ele sozinho fez o mesmo número de gols que a seleção espanhola fez na copa inteira.
É a vitória de um futebol chato, é a primeira vez que um time ganha uma copa depois de começar o torneio com uma derrota, além disso, os espanhóis não ganharam nenhum jogo por mais de 1 gol de diferença, sendo que marcaram 2 gols apenas contra a seleção chilena, os outros jogos foram todos vencidos por um 1 a 0 sofrido, chorado.
Mas é uma mudança, a Espanha pode nunca mais ganhar alguma coisa, mas são campeões do mundo.
Eu estava em Paris e a festa espanhola foi grande, a avenida Champs Eliseé ficou tomada por espanhóis que estavam na França, eu imagino a loucura que deve ter sido em Madrid. Quando algumas amigas reclamavam do exagero das comemorações eu dizia "deixa os caras, é a primeira copa deles e o torneio existe há 80 anos, se fosse eu faria pior".

Alienação?

Acho que quem fala de copa do mundo como uma mera alienação, algo superficial, não entende a profundidade que ela tem na economia, cultura e demais setores não só do país sede, mas de todo o mundo.
A CNN fez uma cobertura bonita, provavelmente tentando explicar para um público que não dá a mínima para Copa do Mundo, o por quê de sua importância, explicaram os desdobramentos econômicos.
A revista Time em uma coluna, demonstrou como um evento dessa grandeza mudou a forma de pensar da África do Sul e auto-estima de sua população.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

A pátria de chuteiras.

Não é verdade que temos 190 milhões de técnicos, o que temos, são 190 milhões de corneteiros(ou em tempos de África do Sul, vuvuzeleiros) durante 1 mês a cada 4 anos.
Nessa época todos vestem a camisa, tem opinião formada, mesmo sem nunca ter assistido a um jogo da seleção.
Agora, enquanto a vuvuzela dá seus últimos suspiros, o que a mídia tenta fazer, é achar culpados para a derrota e, criticar um técnico que os "maltratou" nos últimos 4 anos.
Em primeiro lugar, é uma soberba do brasileiro achar que vamos ganhar sempre, temos bons jogadores, mas copa do mundo é o torneio mais difícil que existe no planeta, existem grandes jogadores que nem sequer chegaram a disputar um torneio desse calibre.
Faço uma defesa ao Dunga que me faz voltar até 2006.
Em 2005 o Parreira montou uma equipe que jogava com uma magia poucas vezes vista no futebol atual. Foi criticado, "faltou volantes" diziam alguns, outros falavam que a preparação tinha sido muito aberta. O saldo foi Roberto Carlos como grande vilão em campo e, o treinador também "apedrejado" publicamente.
Ora, Dunga fez exatamente o oposto e, com competência, montou um time equilibrado, seu único erro foi confiar demais em seus titulares. Deveria ter levado mais um jogador criativo para o meio, para o caso de uma eventualidade como a de hoje.
Fora isso, ele fez tudo o que podia e devia ser feito, acabou com os privilégios da Globo, o que irritou muito a emissora carioca. Também era bruto nas entrevistas, mas a queixa que deve ser feita nesse caso é de educação, não de incompetência.
Agora a imprensa brasileira corre para tripudiar em cima de mais um treinador, além de achar culpados em campo, vamos a eles:
-Felipe Melo:estava fazendo uma partida irrepreensível até ser expulso, se ele não estivesse em campo o jogo teria sido 2 a 0 Holanda, ou até mais.
-Júlio César:falhou no primeiro gol, e falhou feio, mas até aí o jogo estava só 1 a 1.
-Michel Bastos:criticado até antes de entrar em campo, fez um bom trabalho marcando Robben, tomou cartão amarelo em um lance que nem falta foi.
-Kaká:é um jogador que gera grande expectativa, porém há que se levar em conta que o cara não jogava faz muito tempo, não estava fisicamente 100%, apesar de tudo realmente deixou a desejar.

Fato é que o time todo teve um apagão no segundo tempo e, apesar dos erros pontuais, não é possível colocar a derrota na conta de um só jogador, nem do técnico.


Mais vale o sem recurso malandro, que o virtuoso inocente

Gostaria de comentar aqui também, sobre o jogo do Uruguai.
Foi um jogo gostoso de assistir, com ambas as equipes indo ao ataque, em minha opinião, Ghana teve mais chances de gol, e foi mais pra cima na prorrogação, merecia ter saído com a vitória por vários motivos de jogo, além de proporcionar alegria não só para os Ghaneses, mas para todo o continente Africano, seria uma classificação inédita.
Quando eu digo que o resultado foi injusto, muitas pessoas se apressam em dizer, "não, o cara colocou a mão, foi expulso e marcado o penalti".
OK, concordo que o resultado foi licito, mas nem tudo que é licito é justo. Imagine um país sem nenhuma tradição, estádio lotado, depois de 120 minutos de jogo, um rapaz de 24 anos tem toda a responsabilidade nas mãos, não é tão simples assim.
Há quem vá dizer, o cara errou o penalti, teve sua chance e jogou fora. Tudo bem, verdade, mas existem duas coisas que me incomodam.
1-A vitória a qualquer custo, fazer uma falta, ou meter a mão na bola para evitar um gol, se torna louvável. Sugiro então à Nike que inclua no "write the future" a mãozada do Suarez.
2-O endeusamento do infrator:
2.1-Ouvi alguns comentaristas dizendo "Suarez seria o vilão e virou herói, ele estava fazendo o Uruguai perder...". Em primeiro lugar a culpa da derrota não seria dele, pelo contrário, ele tinha salvado o chute do Appiah, a culpa pela derrota jamais seria dele, porque se ele não mete a mão, a bola entraria e Ghana se classificaria, era o último minuto de jogo. Em segundo lugar, é um reflexo e último recurso(na minha opinião anti-desportivo), não existe nenhuma genialidade em tirar uma bola com a mão, a não ser que você seja um goleiro pegando uma bola indefensável, o que não era o caso.
2.2-Outra coisa que me incomoda, é essa glamourização do cara que quer a vitória a qualquer custo, da malandragem. Imaginem, salvas as devidas proporções, um empresário que tenha uma empresa e, que não pague os direitos trabalhistas de seus funcionários, depois de muita negociação, o cara vende a massa falida, decreta falência, e vai viver uma vida confortável com dividendos e lucros obtidos dessa venda. Enquanto isso, seus antigos funcionários ficam desempregados e sem ter o que fazer. Você não vê ninguém dizendo que esse empresário foi gênio, o que ele fez é licito, mas será que é justo?


É copa do mundo

Hoje acordei com uma narração no rádio, me assustei, achei que tivesse acordado atrasado.
Vi que ainda faltava um tempo pro jogo, mas resolvi acordar mesmo assim, não conseguia mais dormir.
Se com o Chile eu já tinha uma pulga atrás da orelha pelo favoritismo exagerado, com a Holanda meu coração amanheceu batendo forte.
Em 74 eu ainda não tinha nascido, mas em 94 lembro de um jogo fácil que quase complicou, quando eles empataram eu achei que a vaca foi pro brejo. O Branco fez umas 2 faltas antes cavar uma falta que não existiu, que canhão amigo, e o Romário mostrou que tem jogo de cintura.


Em 98 não tem o que falar, foi um dos melhores e mais tensos jogos da minha vida, meu pai estava no estádio, sortudo. Revendo ontem no youtube, o jogo poderia ter sido uns 5 a 4 pro Brasil e seria normal, Kluivert toda hora com a mão na cabeça, parecia que a qualquer hora iria dançar o rebolation. E dançaram mesmo nos penaltis.


Mesmo com todos os gols perdidos por Ronaldo e Rivaldo, fomos à final, na hora pensei, "vamos ser campeões". Não fomos por uma circunstância do destino, até hoje não acredito e, pra mim, toda a história ainda é muito estranha.
Tenho até minhas dúvidas se Zidane teria sido esse mito que foi, caso o brasil tivesse metido 3 a 0 na França, aquele campeonato elevou não só o futebol de Zizou, como de todos os Bleus.

Não temo muito o Robben hoje, mesmo sendo Michel Bastos o seu marcador.
A Holanda sempre teve pontas perigosíssimos, lembro o pesadelo que era enfrentar os "pontinhas" no playstation 1, e isso continuou no playstation 2 e agora no 3.
Mas esse ano os pontinhas não me preocupam tanto, quem me preocupa é o cérebro, Sneijder. O que me preocupa é essa invencibilidade deles, o técnico precavido deles, assim como o Dunga. Sim, ao contrário da maioria, não acho que sejam retranqueiros, são times bem armados.
Temo pelos jogadores pendurados brasileiros, e se eles ficarem com receio de tomar o segundo cartão e não dividirem todas como devem?
A graça de copa do mundo é toda a mística, os números, tabus, superstições, e tudo mais que envolve o evento extra-campo, e é o mesmo tipo de coisa que me deixa mais nervoso nesse momento.
Não vou aqui arriscar um placar nem nada disso, me limito aqui a desejar:

Boa sorte Brasil.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Parece que o twitter morreu mesmo...

Então vamos dar sequência por aqui(seria isso uma sabotagem do google para reavivar os blogs?)

Acabo de assistir o jogo entre Portugal e Costa do Marfim, comentários:
-A costa do marfim joga melhor sem Drogba
-Gervinho é craque mundial, já no album de figurinhas eu percebia
-Cristiano Ronaldo mais reclamou do que jogou, entretanto, acertou uma bela jabulani na trave.
-Entro no uol e qual notícia vejo? "Costa do Marfim segura Portugal". Pra mim foi bem o contrário

e esse brasil hein?
será que o Kaká consegue jogar 90 minutos?
já encomendaram um púbis novo pro menino?
o rooney asiático vai cumprir com o prometido de 1 gol por partida na copa?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

That's all folks

Esse é o último post twittico antes de dormir, esperamos que amanhã as coisas voltem ao normal e não precisemos ver a simpática baleia.

Can you turn this up please? please, you won't be sorry



Grandes músicas que o Stipe canta como se estivesse no chuveiro, mas que podem salvar uma noite

aconselho procurarem o clipe original no youtube, é bem legal mas não dava para embebedar.

Já que o twitter continua morto, aqui vai mais uma

Excelente idéia, assim o rivaldo poderia comemorar sem tomar cartão amarelo.

Já que o twitter tá fail...

Alguns comentários curtos por aqui

-Fat Boy Slim diz que nunca gravaria uma música para a copa, mas tocar no big brother pode né



-Kleber troca BMW por Uno
-What the fuck o Belo Gordo na apresentação? Aliás, depois do Ronaldo, ser gordo virou trending topic?
-Se bem que o Faustão discorda, tá cada dia mais magro, o programa dele podia até mudar para Dominguinho do Faustinho e ter só meia hora de duração né?

Mudando de assunto;

-Coldplay diz que tem músicas mataoras para o próximo disco. Eu duvido
-Brandon Flowers vai lançar um disco chamado Flamingo, o primeiro single já pode ser ouvido aqui no site dele.
Parece com algo que o killers faria, inclusive ele chegou a dizer que preferia lançar o disco como sendo da banda, mas os outros caras quiseram sair de férias então ele pegou as músicas pra ele. É o que faz o dono da Lamborghini quando tem férias coletivas na empresa, pega os carros todos pra ele(essa foi ruim)
Ah o nome da música do Flowers é Crossfire

Depois ainda vou fazer um post sobre a volta dos Strokes

ps-isso aqui ficou parecido com algo que o Lúcio Ribeiro faria, será que o twitter foi inspirado nos posts dele?